Meta é a empresa controladora dos aplicativos Facebook, Messenger, WhatsApp e InstagramDivulgação
Publicado 15/08/2024 15:01
As campanhas de desinformação russas nas redes sociais usando a tecnologia de Inteligência Artificial (IA) generativa não tiveram sucesso até agora, disse o grupo Meta em um relatório de segurança divulgado nesta quinta-feira (15).
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A empresa-matriz dos gigantes das redes sociais Facebook e Instagram descobriu que, até o momento, as táticas de desinformação que usam IA fornecem apenas “ganhos marginais de produtividade e geração de conteúdo” para aqueles que as promovem. A Meta disse que foi capaz de bloquear essas operações.
A apresentação desse relatório trimestral coincide com os temores crescentes de que a IA generativa seja usada para enganar ou confundir as pessoas durante períodos eleitorais, como a atual eleição presidencial dos EUA, em 5 de novembro.
O Facebook tem sido acusado há anos de ser usado como uma poderosa plataforma de desinformação.
Os hackers russos usaram o Facebook e outras redes sociais dos EUA para gerar tensão política antes das eleições de 2016, que acabaram sendo vencidas pelo magnata republicano Donald Trump (2017-2021), agora mais uma vez candidato à Casa Branca.
Os especialistas temem um fluxo sem precedentes de desinformação maliciosa nas mídias sociais devido à facilidade de acesso a ferramentas de IA, como o bot de conversação ChatGPT ou Dall-E, que pode gerar imagens realistas sob demanda em segundos.
A IA foi usada para criar imagens e vídeos com detalhes impressionantes e para traduzir ou gerar textos de notícias falsas, reconhece o relatório.
A Rússia continua sendo a principal fonte de “comportamento coordenado falso”, de acordo com a terminologia apresentada pelo diretor de política de segurança da Meta, David Agranovich.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, esses esforços têm se concentrado em desestabilizar o país vizinho, seu governo e seus aliados, de acordo com o relatório.
No entanto, as imagens produzidas pela “Doppelganger”, uma campanha russa contra a Ucrânia, “não parecem estar sujeitas a controle de qualidade”, enfatizou Agranovich.
“Em muitos casos, a clareza das mensagens parece secundária em relação à estratégia de enviar muitas coisas na esperança de que elas tenham um efeito em algum lugar”, disse o alto funcionário da Meta.
Com a aproximação das eleições de novembro nos EUA, a Meta prevê um aumento das campanhas apoiadas pela Rússia para atacar políticos que apoiam a Ucrânia.
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