María Corina Machado, liderança da oposição venezuelanaFrederico Parra/AFP
Publicado 15/08/2024 15:06
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, considerou "uma falta de respeito" com os venezuelanos a repetição das eleições presidenciais, como propuseram os presidentes do Brasil e da Colômbia face às questionadas eleições que resultaram na reeleição do presidente Nicolás Maduro.
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"Propor ignorar o que aconteceu em 28 de julho, para mim, é uma falta de respeito pelos venezuelanos que deram tudo (...) A soberania popular deve ser respeitada", disse Machado em conferência virtual com veículos de imprensa chilenos e argentinos.
O presidente Lula sugeriu que Maduro poderia convocar novas eleições para esclarecer dúvidas sobre os resultados que lhe deram a reeleição para um terceiro mandato de seis anos. Seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, concordou momentos depois.
Ambos os líderes tentam encontrar uma saída para a crise gerada na Venezuela após denúncias de fraude por parte da oposição, que reivindica a vitória do candidato Edmundo González Urrutia, representante de Machado após sua inabilitação política.
Os Estados Unidos também apoiaram a proposta.
Maduro "poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar um programa de eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos (...) e deixar que entrem, sabe, olheiros do mundo inteiro para ver as eleições", disse Lula em entrevista à "Rádio T" do Paraná.
Mas o opositora Machado afirmou que as eleições "já aconteceram". "A sociedade venezuelana se expressou em condições muito adversas onde houve fraude e ainda conseguimos vencer".
Maduro ainda não se pronunciou, mas em 31 de julho, três dias após a sua proclamação, descartou repetir as eleições.
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