Ucrânia realizou grande operação na cidade de KurskRoman Pilipey/AFP
Publicado 17/08/2024 16:17
Berlim - A Alemanha, o segundo maior apoiador da Ucrânia após os Estados Unidos, planeja reduzir pela metade sua ajuda militar a Kiev em 2025, segundo uma fonte parlamentar citada pela AFP neste sábado (17).
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Em vez disso, o governo de Olaf Scholz pretende utilizar os recursos gerados pelos ativos russos congelados para continuar apoiando a ex-república soviética, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.
O governo alemão não prevê nenhuma "ajuda adicional" aos 4 bilhões de euros (R$ 24 bilhões) que estão incluídos no orçamento do próximo ano para a Ucrânia, informou a fonte à AFP. A ajuda que Berlim forneceu a Kiev neste ano chegou a 8 bilhões de euros (R$ 48 bilhões).
Para compensar a redução, a Alemanha aposta na "criação, no âmbito do G7 e da União Europeia, de um instrumento financeiro que utilize os ativos russos congelados", segundo outra fonte interna do Ministério das Finanças.
Essas informações confirmam os relatos do jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung. Em sua edição de fim de semana, o periódico afirmou que a medida fazia parte de um acordo entre o chefe do governo, do partido social-democrata de centro-esquerda, e o ministro das Finanças, Christian Lindner, do partido liberal.
O orçamento de 2025 tem sido objeto de intensos debates entre os parceiros da coalizão governamental na Alemanha, que inclui o partido liberal FDP, os Verdes e os social-democratas, para reduzir os gastos.
O ministro das Finanças pediu aos seus colegas de governo que economizem para cumprir uma norma constitucional que visa impedir que o Estado contraia dívidas excessivas.
O orçamento, no entanto, continuará sendo debatido antes de sua aprovação no final do ano. O ministro das Finanças afirmou neste sábado que está aberto a considerar gastos adicionais para a Ucrânia, caso a caso.
O embaixador ucraniano na Alemanha, Oleksei Makeiev, escreveu na rede social X que "a segurança da Europa depende da vontade política da Alemanha de continuar desempenhando um papel de liderança no apoio à Ucrânia".
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