Declarações de Gabriel Boric foram feitas em sua conta na rede social XAFP
Publicado 22/08/2024 18:35
A sentença da Suprema Corte da Venezuela, que validou nesta quinta-feira (22) as questionadas eleições que deram como ganhador o presidente Nicolás Maduro, "acaba de consolidar a fraude" nas eleições no país, acusou o presidente chileno, Gabriel Boric.
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"Hoje, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela acaba de consolidar a fraude. O regime de Maduro obviamente acolhe com entusiasmo sua sentença, que estará marcada pela infâmia", assegurou Boric em uma postagem em sua conta na rede X.
Na mensagem, o presidente chileno chamou pela primeira vez o governo de Maduro na Venezuela de "ditadura", uma menção que ele havia evitado até agora, afirmando que se tratava de um regime que tem tido "uma deriva autoritária".
"Não há dúvida de que estamos diante de uma ditadura que falsifica eleições, reprime quem pensa diferente e é indiferente ao maior êxodo do mundo, comparável apenas ao da Síria, resultado de uma guerra", acrescentou Boric, um dos presidentes de esquerda latino-americana mais críticos de Maduro.
O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) certificou nesta quinta-feira "de forma inquestionável (...) os resultados da eleição presidencial de 28 de julho de 2024, emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral, no qual foi eleito o cidadão Nicolás Maduro Moros" para "o período constitucional de 2025-2031".
Maduro havia pedido ao TSJ para "certificar" o resultado das eleições nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o proclamou vencedor com 52% dos votos.
A oposição garante ter vencido as eleições e acusa tanto o TSJ quanto o CNE de servirem ao chavismo.
Liderada por María Corina Machado, a oposição afirma que seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu com 67% dos votos e publicou em um site cópias das atas que, segundo eles, provam a vitória. O chavismo disse que o material é "forjado".
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