Presidente da Venezuela, Nicolás MaduroAFP
Publicado 23/08/2024 15:50 | Atualizado 23/08/2024 15:51
O governo da Venezuela tachou, nesta sexta-feira (23), de "inaceitável ato de ingerência" o repúdio de Estados Unidos e dez países latino-americanos à decisão que chancelou a reeleição do presidente Nicolás Maduro em meio a denúncias de fraude, segundo comunicado lido pelo chanceler Yván Gil.

A Venezuela "rejeita nos termos mais enérgicos o grosseiro e insolente comunicado" no qual Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai condenavam, junto com os Estados Unidos, a sentença da Suprema Corte, disse Gil. "Pretendem continuar violando o direito internacional cometendo um ato inaceitável de ingerência em assuntos que apenas competem aos venezuelanos", acrescentou.
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Na última quinta-feira (23), o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, acusado de servir ao chavismo governista, certificou a reeleição do presidente Nicolás Maduro para um terceiro mandato de seis anos, após denúncias de fraude por parte da oposição.

A decisão responde a um pedido feito por Maduro há três semanas em meio a dúvidas sobre sua reeleição, quando seu principal rival, Edmundo González Urrutia, representante da líder da oposição inabilitada María Corina Machado, denunciou fraude.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou Maduro vencedor com 52% dos votos, ante 43% de González Urrutia, sem apresentar os detalhes do escrutínio, alegando que o sistema de votação foi hackeado. González Urrutia alega que venceu com mais de 60% dos votos.
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