Publicado 25/08/2024 08:19
A União Europeia (UE) voltou a insistir neste sábado, 24, que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela deve publicar as atas das eleições presidenciais realizadas em 28 de julho e submetê-las a uma verificação independente.
O alto representante do bloco europeu, Josep Borrell, declarou em comunicado que, até o momento, as autoridades venezuelanas "não forneceram as provas públicas necessárias" para avaliar os resultados das eleições nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Nicolás Maduro como vencedor.
Segundo o órgão eleitoral, Maduro obteve 6,4 milhões de votos e seu rival, Edmundo González, obteve 5,3 milhões. Enquanto isso, a oposição afirma ter reunido registros de mais de 80% das 30 mil máquinas de votação eletrônica que mostram que seu candidato foi o vencedor.
A UE reforçou neste sábado a pressão da comunidade internacional que pede transparência no processo e rejeita o pronunciamento do Tribunal Supremo de Justiça que certificou na quinta-feira, 22, os resultados do CNE a favor de Maduro, que solicitou a perícia. Órgãos internacionais questionaram a independência do tribunal, composto por funcionários próximos ao regime.
"Só serão aceitos e reconhecidos resultados completos e verificáveis de forma independente que garantam o respeito à vontade popular do povo venezuelano", afirmou Borrell, no comunicado.
A principal promotora de González e líder da oposição, María Corina Machado, tem pedido insistentemente à comunidade internacional o reconhecimento do que considera uma vitória contundente de González e pressiona para que esses resultados sejam reconhecidos pelo governo, como afirmou no sábado em uma mensagem publicada na rede social X.
O governo venezuelano repudiou a declaração de Borrell e afirmou que sua conduta era "intervencionista". Em um comunicado da chancelaria, foi dito que o "desrespeito contínuo" à soberania do país por parte da UE poderia "afetar de maneira considerável as relações diplomáticas, políticas e econômicas".
PublicidadeO alto representante do bloco europeu, Josep Borrell, declarou em comunicado que, até o momento, as autoridades venezuelanas "não forneceram as provas públicas necessárias" para avaliar os resultados das eleições nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Nicolás Maduro como vencedor.
Segundo o órgão eleitoral, Maduro obteve 6,4 milhões de votos e seu rival, Edmundo González, obteve 5,3 milhões. Enquanto isso, a oposição afirma ter reunido registros de mais de 80% das 30 mil máquinas de votação eletrônica que mostram que seu candidato foi o vencedor.
A UE reforçou neste sábado a pressão da comunidade internacional que pede transparência no processo e rejeita o pronunciamento do Tribunal Supremo de Justiça que certificou na quinta-feira, 22, os resultados do CNE a favor de Maduro, que solicitou a perícia. Órgãos internacionais questionaram a independência do tribunal, composto por funcionários próximos ao regime.
"Só serão aceitos e reconhecidos resultados completos e verificáveis de forma independente que garantam o respeito à vontade popular do povo venezuelano", afirmou Borrell, no comunicado.
A principal promotora de González e líder da oposição, María Corina Machado, tem pedido insistentemente à comunidade internacional o reconhecimento do que considera uma vitória contundente de González e pressiona para que esses resultados sejam reconhecidos pelo governo, como afirmou no sábado em uma mensagem publicada na rede social X.
O governo venezuelano repudiou a declaração de Borrell e afirmou que sua conduta era "intervencionista". Em um comunicado da chancelaria, foi dito que o "desrespeito contínuo" à soberania do país por parte da UE poderia "afetar de maneira considerável as relações diplomáticas, políticas e econômicas".
Sobre o que foi apontado por Borrell em relação às atas publicadas pela oposição, que são públicas, indicando que González "pareceria ser o vencedor" por uma "maioria significativa", o governo venezuelano disse que esses documentos são "forjados". Por fim, exigiu que a União Europeia se abstivesse de emitir comentários sobre assuntos internos.
Na véspera, dez países da América Latina e os Estados Unidos rejeitaram categoricamente a decisão do Tribunal Supremo de Justiça venezuelano e solicitaram uma auditoria imparcial. A secretaria-geral da Organização dos Estados Americanos também protestou e disse que "reconhecer como válidos os resultados do CNE com base na sentença do TSJ é validar uma fraude eleitoral".
Na véspera, dez países da América Latina e os Estados Unidos rejeitaram categoricamente a decisão do Tribunal Supremo de Justiça venezuelano e solicitaram uma auditoria imparcial. A secretaria-geral da Organização dos Estados Americanos também protestou e disse que "reconhecer como válidos os resultados do CNE com base na sentença do TSJ é validar uma fraude eleitoral".
O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, um dos maiores aliados de Maduro na região, afirmou que seu governo esperará que o CNE publique as atas eleitorais para decidir se reconhece o presidente venezuelano como vencedor.
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