Publicado 28/08/2024 09:16 | Atualizado 28/08/2024 11:10
A Namíbia planeja abater 723 animais selvagens, incluindo 83 elefantes, e distribuir a carne às pessoas que lutam para se alimentar devido a uma grave seca no sul da África, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente.
PublicidadeO abate vai acontecer em parques e áreas comunitárias onde as autoridades acreditam que o número de animais excede as pastagens disponíveis e o abastecimento de água, informou em comunicado divulgado na última segunda-feira (26).
O sul da África enfrenta a sua pior seca em décadas, tendo a Namíbia esgotado 84% das suas reservas alimentares no mês passado, segundo as Nações Unidas. A previsão é de que quase metade da população da Namíbia experimente elevados níveis de insegurança alimentar nos próximos meses.
O sul da África enfrenta a sua pior seca em décadas, tendo a Namíbia esgotado 84% das suas reservas alimentares no mês passado, segundo as Nações Unidas. A previsão é de que quase metade da população da Namíbia experimente elevados níveis de insegurança alimentar nos próximos meses.
Com uma seca tão severa, a expectativa é que os conflitos entre humanos e animais selvagens aumentem se as autoridades não intervirem, disse a pasta.
"Para este efeito, 83 elefantes de áreas de conflito identificadas serão abatidos e a carne será atribuída ao programa de alívio à seca", afirmou. Centenas de elefantes morreram no Botswana e no Zimbábue no ano passado devido à seca.
"Para este efeito, 83 elefantes de áreas de conflito identificadas serão abatidos e a carne será atribuída ao programa de alívio à seca", afirmou. Centenas de elefantes morreram no Botswana e no Zimbábue no ano passado devido à seca.
O país também planeja abater 30 hipopótamos e 60 búfalos, bem como 50 impalas, 100 gnus azuis, 300 zebras e 100 elandes. Cerca de 157 animais já foram caçados por caçadores profissionais e empresas contratadas pelo governo, rendendo mais de 56,8 mil kg de carne.
“Este exercício é necessário e está em conformidade com o nosso mandato constitucional, segundo o qual os nossos recursos naturais são utilizados em benefício dos cidadãos namibianos”, afirmou o ministério do ambiente.
Estima-se que mais de 200 mil elefantes vivam numa área de conservação espalhada por cinco países da África Austral — Zimbabué, Zâmbia, Botswana, Angola e Namíbia — tornando a região o lar de uma das maiores populações de elefantes do mundo.
“Este exercício é necessário e está em conformidade com o nosso mandato constitucional, segundo o qual os nossos recursos naturais são utilizados em benefício dos cidadãos namibianos”, afirmou o ministério do ambiente.
Estima-se que mais de 200 mil elefantes vivam numa área de conservação espalhada por cinco países da África Austral — Zimbabué, Zâmbia, Botswana, Angola e Namíbia — tornando a região o lar de uma das maiores populações de elefantes do mundo.
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