Publicado 30/08/2024 07:27
A vice-presidente Kamala Harris mostrou-se firme na política de imigração e energia em sua primeira grande entrevista como candidata à Casa Branca, exibida na quinta-feira (29) no canal CNN, na qual abriu a porta para incluir um republicano em seu gabinete e afirmou que os Estados Unidos estão preparados para "virar a página" sobre Donald Trump.
A imigração ilegal virou um tema crucial das eleições de 5 de novembro entre Kamala, 59 anos, e o ex-presidente republicano, 78 anos.
Este é um dos temas favoritos de Trump, que durante seus comícios acusa os migrantes de todos os males do país e afirma que os democratas de não fazem o suficiente para solucionar a questão. Na entrevista à CNN, Kamala Harris se esforçou para apresentar uma imagem de líder forte.
"Sou a única pessoa nesta disputa que realmente trabalhou em um estado de fronteira como procuradora-geral para fazer com que nossas leis sejam cumpridas, e faria nossas leis serem cumpridas como presidente", disse.
"Temos leis que devem ser cumpridas e aplicadas, que abordam o problema das pessoas que atravessam nossa fronteira ilegalmente e deve haver consequências", insistiu, ao lado de seu candidato a vice, o governador de Minnesota, Tim Walz.
"Agora ela diz: 'Oh, queremos construir uma fronteira forte'", criticou Trump na quinta-feira durante um comício em Potterville, Michigan. "Onde você esteve durante três anos e meio?", questionou.
A candidata democrata, que se tornou um fenômeno político desde que o presidente Joe Biden desistiu da campanha eleitoral em 21 de julho, atacou duramente Trump, a quem acusou de dividir o país. "Acho que as pessoas estão prontas para virar a página", disse.
'Valores' sem mudanças
PublicidadeA imigração ilegal virou um tema crucial das eleições de 5 de novembro entre Kamala, 59 anos, e o ex-presidente republicano, 78 anos.
Este é um dos temas favoritos de Trump, que durante seus comícios acusa os migrantes de todos os males do país e afirma que os democratas de não fazem o suficiente para solucionar a questão. Na entrevista à CNN, Kamala Harris se esforçou para apresentar uma imagem de líder forte.
"Sou a única pessoa nesta disputa que realmente trabalhou em um estado de fronteira como procuradora-geral para fazer com que nossas leis sejam cumpridas, e faria nossas leis serem cumpridas como presidente", disse.
"Temos leis que devem ser cumpridas e aplicadas, que abordam o problema das pessoas que atravessam nossa fronteira ilegalmente e deve haver consequências", insistiu, ao lado de seu candidato a vice, o governador de Minnesota, Tim Walz.
"Agora ela diz: 'Oh, queremos construir uma fronteira forte'", criticou Trump na quinta-feira durante um comício em Potterville, Michigan. "Onde você esteve durante três anos e meio?", questionou.
A candidata democrata, que se tornou um fenômeno político desde que o presidente Joe Biden desistiu da campanha eleitoral em 21 de julho, atacou duramente Trump, a quem acusou de dividir o país. "Acho que as pessoas estão prontas para virar a página", disse.
'Valores' sem mudanças
Embora as pesquisas mais recentes apontem um leve vantagem de Kamala nas intenções de voto, a campanha continua muito acirrada e tanto democratas como republicanos tentam conquistar a confiança dos indecisos e dos independentes.
Assim, a vice-presidente transmitiu uma mensagem de reconciliação ao afirmar que "seria benéfico para os americanos ter um republicano" no gabinete. A ex-procuradora garantiu que seus "valores não mudaram" a respeito do que pensava quando disputou as primárias em 2020.
Mas ela mudou de ideia sobre algumas questões como a fraturamento hidráulico, ou "fracking", um método de extração de combustíveis criticado pelos defensores do meio ambiente.
"Podemos crescer e desenvolver uma economia próspera baseada em energias limpas, sem proibir o 'fracking'", disse.
O tema é polêmico, em particular no estado da Pensilvânia, onde o setor de combustíveis gera muitos empregos e renda.
"Sempre acreditei [...] que a crise climática é real, que é um assunto urgente" e que os Estados Unidos devem cumprir "prazos" em termos de emissões de gases do efeito estufa, insistiu.
'Próxima pergunta'
Assim, a vice-presidente transmitiu uma mensagem de reconciliação ao afirmar que "seria benéfico para os americanos ter um republicano" no gabinete. A ex-procuradora garantiu que seus "valores não mudaram" a respeito do que pensava quando disputou as primárias em 2020.
Mas ela mudou de ideia sobre algumas questões como a fraturamento hidráulico, ou "fracking", um método de extração de combustíveis criticado pelos defensores do meio ambiente.
"Podemos crescer e desenvolver uma economia próspera baseada em energias limpas, sem proibir o 'fracking'", disse.
O tema é polêmico, em particular no estado da Pensilvânia, onde o setor de combustíveis gera muitos empregos e renda.
"Sempre acreditei [...] que a crise climática é real, que é um assunto urgente" e que os Estados Unidos devem cumprir "prazos" em termos de emissões de gases do efeito estufa, insistiu.
'Próxima pergunta'
Os republicanos acusam a vice-presidente de ser inconstante. Trump diz que não pode esperar pelo momento de "debater com a camarada Kamala" em 10 de setembro. "Ela mudou sua posição em todas os temas", acusou em sua rede Truth Social.
O empresário aumentou os ataques pessoais contra Kamala nas últimas semanas. Ele a acusou de ter "se tornado negra" por motivos eleitorais.
Kamala Harris, filha de pai jamaicano e mãe indiana, não quis entrar no assunto. "Próxima pergunta, por favor", disse à jornalista Dana Bash, em Savannah (Geórgia).
Ela falou sobre um tema político muito sensível: o apoio dos Estados Unidos a Israel na guerra contra o grupo islamista palestino Hamas em Gaza.
A candidata reiterou o apoio ao direito de Israel se defender e respondeu "não" ao ser questionada se mudaria de rumo e interromperia o fornecimento de armas ao país. Kamala afirmou, no entanto, que "muitos palestinos inocentes morreram" e pediu um "cessar-fogo".
Assim como Kamala, Trump percorre os estados pêndulo, aqueles onde a votação é muito apertada, como a Geórgia, onde a entrevista foi gravada.
O empresário aumentou os ataques pessoais contra Kamala nas últimas semanas. Ele a acusou de ter "se tornado negra" por motivos eleitorais.
Kamala Harris, filha de pai jamaicano e mãe indiana, não quis entrar no assunto. "Próxima pergunta, por favor", disse à jornalista Dana Bash, em Savannah (Geórgia).
Ela falou sobre um tema político muito sensível: o apoio dos Estados Unidos a Israel na guerra contra o grupo islamista palestino Hamas em Gaza.
A candidata reiterou o apoio ao direito de Israel se defender e respondeu "não" ao ser questionada se mudaria de rumo e interromperia o fornecimento de armas ao país. Kamala afirmou, no entanto, que "muitos palestinos inocentes morreram" e pediu um "cessar-fogo".
Assim como Kamala, Trump percorre os estados pêndulo, aqueles onde a votação é muito apertada, como a Geórgia, onde a entrevista foi gravada.
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