Publicado 05/09/2024 10:31
O presidente da China, Xi Jinping, prometeu nesta quinta-feira (5) mais de 50 bilhões de dólares (282 bilhões de reais) em financiamento para a África em três anos, durante uma reunião de cúpula em Pequim que pretende fortalecer as relações da China com o continente africano.
A reunião do Fórum de Cooperação China-África, o maior encontro diplomático organizado na capital chinesa desde a pandemia de covid-19, reúne até sexta-feira mais de 50 governantes africanos, com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres.
O objetivo do evento é reforçar a cooperação da nação asiática com os países da África em setores como infraestruturas, comércio, energia, mineração e agricultura.
As relações China-África estão "no melhor momento da sua história", afirmou Xi durante a cerimônia de abertura no Palácio do Povo, um grande edifício ao lado da famosa Praça Tiananmen (Paz Celestial).
E anunciou que "nos próximos três anos, o governo chinês está disposto a fornecer um apoio financeiro de 360 bilhões de yuans" (50,7 bilhões de dólares, 282 bilhões de reais) à África.
O valor incluirá 210 bilhões de yuans em crédito e 80 bilhões de yuans em vários tipos de assistência", além de investimentos de pelo menos 70 bilhões de yuans por parte de empresas chinesas.
A China concederá ainda 141 milhões de dólares (795 milhões de reais) em subsídios ao setor militar e proporcionará "formação para 6.000 militares e 1.000 policiais e agentes das forças de segurança na África", acrescentou.
Guterres destacou durante a cúpula que "o histórico notável da China em termos de desenvolvimento, incluindo a erradicação da pobreza, leva grande riqueza e experiência" para a África. Com a cooperação China e África podem realizar "a revolução das energias renováveis", disse.
O secretário-geral das Nações Unidas também se pronunciou a favor de uma vaga permanente para a África no Conselho de Segurança da ONU.
Principal parceiro comercial da África
PublicidadeA reunião do Fórum de Cooperação China-África, o maior encontro diplomático organizado na capital chinesa desde a pandemia de covid-19, reúne até sexta-feira mais de 50 governantes africanos, com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres.
O objetivo do evento é reforçar a cooperação da nação asiática com os países da África em setores como infraestruturas, comércio, energia, mineração e agricultura.
As relações China-África estão "no melhor momento da sua história", afirmou Xi durante a cerimônia de abertura no Palácio do Povo, um grande edifício ao lado da famosa Praça Tiananmen (Paz Celestial).
E anunciou que "nos próximos três anos, o governo chinês está disposto a fornecer um apoio financeiro de 360 bilhões de yuans" (50,7 bilhões de dólares, 282 bilhões de reais) à África.
O valor incluirá 210 bilhões de yuans em crédito e 80 bilhões de yuans em vários tipos de assistência", além de investimentos de pelo menos 70 bilhões de yuans por parte de empresas chinesas.
A China concederá ainda 141 milhões de dólares (795 milhões de reais) em subsídios ao setor militar e proporcionará "formação para 6.000 militares e 1.000 policiais e agentes das forças de segurança na África", acrescentou.
Guterres destacou durante a cúpula que "o histórico notável da China em termos de desenvolvimento, incluindo a erradicação da pobreza, leva grande riqueza e experiência" para a África. Com a cooperação China e África podem realizar "a revolução das energias renováveis", disse.
O secretário-geral das Nações Unidas também se pronunciou a favor de uma vaga permanente para a África no Conselho de Segurança da ONU.
Principal parceiro comercial da África
No discurso, Xi também se comprometeu a "fornecer um bilhão de yuans em ajuda alimentar de emergência (...) executar 500 projetos de bem-estar (e) estimular empresas chinesas e africanas a investir e fazer negócios nos dois sentidos".
A reunião, que começou na quarta-feira com um jantar, também inclui conversas sobre alianças estratégicas em diversas áreas. Nas reuniões bilaterais celebradas à margem do fórum, os governantes africanos receberam promessas de cooperação para diversos projetos, de ferrovias até a produção de abacates.
A China, segunda maior economia do mundo, é o principal parceiro comercial da África e busca acesso aos recursos naturais do continente, como cobre, ouro, lítio e terras-raras.
Também concedeu aos países africanos bilhões de dólares em empréstimos que ajudaram a construir infraestruturas, mas que geraram polêmica pelo endividamento gerado.
Vários analistas afirmam que a "generosidade" de Pequim com a África pode ser reduzida diante dos problemas econômicos internos da China. Ao mesmo tempo, as disputas com os Estados Unidos podem influenciar cada vez mais a política externa de Pequim.
"Receber os africanos é do interesse geopolítico para a China, que deseja manter estes países ao seu lado diante da rivalidade com os Estados Unidos", comentou Zainab Usman, diretora do Programa para África do Carnegie Endowment for International Peace.
A reunião, que começou na quarta-feira com um jantar, também inclui conversas sobre alianças estratégicas em diversas áreas. Nas reuniões bilaterais celebradas à margem do fórum, os governantes africanos receberam promessas de cooperação para diversos projetos, de ferrovias até a produção de abacates.
A China, segunda maior economia do mundo, é o principal parceiro comercial da África e busca acesso aos recursos naturais do continente, como cobre, ouro, lítio e terras-raras.
Também concedeu aos países africanos bilhões de dólares em empréstimos que ajudaram a construir infraestruturas, mas que geraram polêmica pelo endividamento gerado.
Vários analistas afirmam que a "generosidade" de Pequim com a África pode ser reduzida diante dos problemas econômicos internos da China. Ao mesmo tempo, as disputas com os Estados Unidos podem influenciar cada vez mais a política externa de Pequim.
"Receber os africanos é do interesse geopolítico para a China, que deseja manter estes países ao seu lado diante da rivalidade com os Estados Unidos", comentou Zainab Usman, diretora do Programa para África do Carnegie Endowment for International Peace.
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