Ministro da Defesa israelense Yoav Gallant e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu AFP
Publicado 10/09/2024 09:16
O movimento palestino Hamas "não existe mais como formação militar" na Faixa de Gaza, depois de mais de 11 meses de guerra, afirmou o ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, que defendeu a pertinência de estabelecer uma trégua com os islamistas.
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"O Hamas como uma formação militar não existe mais. O Hamas está envolvido em uma guerra de guerrilha e ainda estamos lutando contra terroristas do Hamas e procurando a liderança do Hamas", disse Gallant em uma entrevista concedida à imprensa estrangeira na segunda-feira, que teve alguns trechos divulgados nesta terça-feira.
Na entrevista, Gallant argumentou que as operações militares israelenses na Faixa permitiram criar "as condições necessárias" para um acordo de cessar-fogo.
Neste sentido, Gallant afirmou que um acordo de trégua entre Israel e o Hamas, que permita a libertação dos reféns que continuam em cativeiro no território, seria uma "oportunidade estratégica" para o Estado hebreu.
Trazer os reféns israelenses de volta para casa "é a coisa certa a fazer; não é apenas um dos objetivos da guerra, mas também reflete os nossos valores", disse.
"Israel deve alcançar um acordo que permita uma pausa de seis semanas e o retorno dos reféns", obedecendo a primeira etapa de um plano de cessar-fogo permanente proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Gallant fez as declarações em um contexto de pressão dos Estados Unidos sobre Israel e o Hamas para que alcancem um acordo sobre as condições de uma trégua, que alivie o tormento diário dos palestinos de Gaza, destruída pela campanha militar que Israel iniciou em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro.
Estados Unidos, Catar e Egito atuam como mediadores, até o momento sem sucesso, para tentar obter um acordo de cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns capturados pelo Hamas em 7 de outubro, em troca da libertação de palestinos presos em Israel.
Biden propôs no final de maio um plano de trégua em três fases, apoiado em junho por uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Mas, desde o fim de agosto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o Hamas trocam acusações sobre tentativas de minar este plano.
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