Corpo é transportado em cobertor após escola ser atingidaEyad Baba/AFP
Publicado 12/09/2024 14:45
A Defesa Civil de Gaza reportou, nesta quarta-feira (11), 14 mortos em um bombardeio israelense a uma escola utilizada como abrigo por palestinos deslocados pela guerra, embora o Exército israelense tenha indicado que se tratava de uma operação contra comandos do Hamas.
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"Há 14 mártires e vários feridos após o massacre na escola Al Jawni do acampamento de refugiados de Nuseirat", no centro da Faixa de Gaza, declarou o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal.
A AFP não conseguiu verificar de forma independente o balanço de vítimas, que segundo o porta-voz incluiria "mulheres e crianças".
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que entre as vítimas há seis funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA).
"O que está acontecendo em Gaza é totalmente inaceitável", criticou Guterres na rede social X. Na mesma plataforma, a UNRWA garantiu que foi o ataque que causou mais mortos entre seus funcionários.
"Esta escola foi atacada cinco vezes desde o início da guerra. Ela acolhe cerca de 12 mil deslocados, principalmente mulheres e crianças", declarou.
Uma fonte médica do centro de saúde Al Awda de Nuseirat, um dos locais para onde foram levados os mortos e feridos, afirmou à AFP que o balanço é de 15 mortos e 44 feridos.
A assessoria de imprensa do movimento islamista palestino, que governa Gaza desde 2007, declarou que a escola administrada pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (Unrwa) abrigava 5 mil deslocados.
O Exército israelense indicou em comunicado que sua Força Aérea havia lançado um "bombardeio de precisão contra terroristas que operavam no interior de um centro de comando do Hamas" nas dependências da escola.
A guerra entre Israel e Hamas eclodiu no dia 7 de outubro, quando milicianos islamistas mataram 1.205 pessoas no sul de Israel, em sua maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Também sequestraram 251 pessoas, das quais 97 continuam detidas em Gaza, incluindo 33 que os militares israelenses declararam sem vida.
Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e lançou uma ofensiva que já deixou 41.084 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território. A ONU afirma que a maioria das vítimas são mulheres e crianças.
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