Publicado 18/09/2024 10:03 | Atualizado 18/09/2024 10:03
O acidente do submarino Titan, que implodiu durante expedição para visitar os destroços do Titanic em junho de 2023, era "inevitável". É o que afirmou David Lochridge, ex-diretor de operações da OceanGate, empresa responsável pelo transporte, durante audiência da Guarda Costeira dos Estados Unidos sobre o caso nesta terça-feira (17).
PublicidadeEle também afirmou que avisou a companhia sobre possíveis problemas de segurança, em 2018, mas foi ignorado e demitido em seguida. Segundo Lochridge, a firma "negligenciava" os protocolos de segurança para este tipo de trajeto.
David disse que recebeu o pedido do CEO da OceanGate, Stockton Rush, para realizar uma inspeção de qualidade antes de sua demissão. Ele expôs a seu chefe grandes preocupações sobre o design do veículo, incluindo com a fibra de carvão, material que ele foi feito.
"Eles pensaram que poderiam fazer isso por conta própria, sem o suporte adequado de engenharia", afirmou, conforme o jornal britânico "BBC".
Em 18 junho de 2023, o submarino turístico Titan implodiu em águas profundas durante trajeto para visitar os destroços do Titanic, navio que naufragou em 1912. Os cinco bilionários que estavam a bordo morreram. Foram quatro dias de buscas até o anúncio da fatalidade pela OceanGate.
Audiência
A audiência para investigar as causas da implosão do Titan começaram nesta segunda-feira (16) e têm previsão para durar duas semanas. Com o início das sessões, a Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou a primeira imagem dos destroços do submarino e a última mensagem recebida pelo comandante do veículo: "Está tudo bem aqui", enviada para a central de controle antes da perda total de comunicação.
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