Publicado 25/09/2024 20:36 | Atualizado 25/09/2024 20:39
Um forte vento de verão propagava, nesta quarta-feira (25), o cheiro de queimado em Quito, procedente de cinco incêndios florestais simultâneos em meio à pior seca que atinge o Equador em 61 anos e que deixaram seis feridos e sete moradias danificadas.
"Quito está sob ataque. Não é normal que tenhamos cerca de 33 queimadas durante um dia, que focos de incêndio sejam gerados simultaneamente", declarou à imprensa Carolina Andrade, secretária de Segurança do município.
As autoridades, que suspeitam que as chamas tenham sido provocadas, informaram sobre a prisão de um jovem de 19 anos que foi encontrado com um galão de combustível.
Os estragos da queimada que teve início na terça-feira continuam. Por volta do meio-dia, no bairro Bellavista, leste da capital, caíam cinzas e moradores gritavam desesperados por água devido à reativação do fogo, verificaram jornalistas da AFP.
"Queríamos salvar algo, mas não encontramos nada. O local estava exatamente como agora, em cinzas. Perdemos tudo, roupas. Ficamos só com as roupas do corpo", disse à AFP Alexis Condolo, um mecânico de 23 anos que ficou sem casa.
O fogo começou a arder na tarde de terça-feira, nas proximidades de Auqui, na periferia oriental, onde segue ativo. As chamas também afetaram o Parque Metropolinato Guangüiltagua (um dos maires da cidade) e bosques que rodeiam as zonas residenciais de Guápuli, Bellavista e González Suárez.
Segundo o Observatório Regional Amazônico, nos últimos cinco anos, o fogo destruiu cerca de meio milhão de hectares da Amazônia, especialmente no Brasil e na Bolívia, embora a última semana tenha sido particularmente difícil para o Peru, onde 16 pessoas morreram e mais de 140 ficaram feridas.
'Criminosos" e "terroristas'
Publicidade"Quito está sob ataque. Não é normal que tenhamos cerca de 33 queimadas durante um dia, que focos de incêndio sejam gerados simultaneamente", declarou à imprensa Carolina Andrade, secretária de Segurança do município.
As autoridades, que suspeitam que as chamas tenham sido provocadas, informaram sobre a prisão de um jovem de 19 anos que foi encontrado com um galão de combustível.
Os estragos da queimada que teve início na terça-feira continuam. Por volta do meio-dia, no bairro Bellavista, leste da capital, caíam cinzas e moradores gritavam desesperados por água devido à reativação do fogo, verificaram jornalistas da AFP.
"Queríamos salvar algo, mas não encontramos nada. O local estava exatamente como agora, em cinzas. Perdemos tudo, roupas. Ficamos só com as roupas do corpo", disse à AFP Alexis Condolo, um mecânico de 23 anos que ficou sem casa.
O fogo começou a arder na tarde de terça-feira, nas proximidades de Auqui, na periferia oriental, onde segue ativo. As chamas também afetaram o Parque Metropolinato Guangüiltagua (um dos maires da cidade) e bosques que rodeiam as zonas residenciais de Guápuli, Bellavista e González Suárez.
Segundo o Observatório Regional Amazônico, nos últimos cinco anos, o fogo destruiu cerca de meio milhão de hectares da Amazônia, especialmente no Brasil e na Bolívia, embora a última semana tenha sido particularmente difícil para o Peru, onde 16 pessoas morreram e mais de 140 ficaram feridas.
'Criminosos" e "terroristas'
Há "quatro pessoas feridas, dois adultos e dois menores de idade", entre eles um bebê de um ano que sofreu queimaduras, informou Andrade.
No dia anterior, a prefeita Pabel Muñoz registrou dois bombeiros feridos enquanto realizavam tarefas de evacuação.
A emergência em Quito forçou a mobilização de 2.000 bombeiros, militares e equipes de resgate. Como medida de precaução, 107 famílias foram retiradas e sete casas foram afetadas.
Por causa da fumaça, “tive que dormir com uma máscara e lenços umedecidos em cima” dela, disse Claudio Otalima, 82 anos, à AFP.
Um tanque de gás explodiu em sua moradia por conta do fogo, além de ter perdido o seu cultivo. "Eu tinha plantado batatas. Veja como o milho que eu havia plantado foi queimado”, lamentou.
“Procuraremos os incendiários até debaixo das pedras”, disse Muñoz na quarta-feira, afirmando que os incêndios foram causados por "criminosos" e "terroristas".
O Equador enfrenta incêndios florestais em meio a uma "crise hídrica", que também resultou em problemas agrícolas, afeta o fornecimento de água potável e provoca racionamentos de eletricidade de até 12 horas diárias.
Os reservatórios das centrais que cobrem 70% da demanda nacional estão em níveis historicamente baixos. Diante da situação, o governo declarou alerta vermelho em 20 das 24 províncias.
Mais de 3 mil incêndios
No dia anterior, a prefeita Pabel Muñoz registrou dois bombeiros feridos enquanto realizavam tarefas de evacuação.
A emergência em Quito forçou a mobilização de 2.000 bombeiros, militares e equipes de resgate. Como medida de precaução, 107 famílias foram retiradas e sete casas foram afetadas.
Por causa da fumaça, “tive que dormir com uma máscara e lenços umedecidos em cima” dela, disse Claudio Otalima, 82 anos, à AFP.
Um tanque de gás explodiu em sua moradia por conta do fogo, além de ter perdido o seu cultivo. "Eu tinha plantado batatas. Veja como o milho que eu havia plantado foi queimado”, lamentou.
“Procuraremos os incendiários até debaixo das pedras”, disse Muñoz na quarta-feira, afirmando que os incêndios foram causados por "criminosos" e "terroristas".
O Equador enfrenta incêndios florestais em meio a uma "crise hídrica", que também resultou em problemas agrícolas, afeta o fornecimento de água potável e provoca racionamentos de eletricidade de até 12 horas diárias.
Os reservatórios das centrais que cobrem 70% da demanda nacional estão em níveis historicamente baixos. Diante da situação, o governo declarou alerta vermelho em 20 das 24 províncias.
Mais de 3 mil incêndios
A emergência fez com que o presidente Daniel Noboa cancelasse sua participação na assembleia da ONU e retornasse de Nova York.
As autoridades estenderam até sexta-feira a suspensão das aulas, enquanto entidades municipais e governamentais optaram pelo teletrabalho nesta quarta devido à "má qualidade" do ar em Quito.
Há três semanas, vários incêndios florestais cercam a capital, onde a prefeitura estima que 99% das queimadas são provocadas.
A secretaria municipal de meio ambiente informou em um comunicado que, no centro e no norte de Quito, a qualidade do ar “atingiu níveis de precaução”, enquanto nas áreas próximas aos flagelos “os níveis de poluição são insalubres”.
Nas ruas, moradores usam máscaras para se proteger.
Ventos fortes e a vegetação seca devido à ausência prolongada de chuvas poderiam desencadear novos surtos.
A seca no Equador causou 3.300 incêndios florestais este ano, com quase 38.000 hectares de vegetação destruídos, 14 pessoas feridas e outras 797 afetadas, de acordo com a Secretaria de Riscos.
As autoridades estenderam até sexta-feira a suspensão das aulas, enquanto entidades municipais e governamentais optaram pelo teletrabalho nesta quarta devido à "má qualidade" do ar em Quito.
Há três semanas, vários incêndios florestais cercam a capital, onde a prefeitura estima que 99% das queimadas são provocadas.
A secretaria municipal de meio ambiente informou em um comunicado que, no centro e no norte de Quito, a qualidade do ar “atingiu níveis de precaução”, enquanto nas áreas próximas aos flagelos “os níveis de poluição são insalubres”.
Nas ruas, moradores usam máscaras para se proteger.
Ventos fortes e a vegetação seca devido à ausência prolongada de chuvas poderiam desencadear novos surtos.
A seca no Equador causou 3.300 incêndios florestais este ano, com quase 38.000 hectares de vegetação destruídos, 14 pessoas feridas e outras 797 afetadas, de acordo com a Secretaria de Riscos.
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