Chimpanzés do Instituto de Pesquisa Ambiental Bossou Reprodução / Facebook
Publicado 26/09/2024 12:13
Um chimpanzé pegou um bebê do braço da mãe enquanto ela trabalhava em um campo de mandioca e o arrastou para a floresta, a cerca de 3 km da reserva natural do Monte Nimba, na Guiné, país do continente africano. O corpo da criança de oito meses foi encontrado horas depois, de acordo com o jornal "The Mirror".
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O ataque foi atribuído a Jeje, um primata da região que pertence a um bando conhecido por usar "ferramentas", como pedras utilizadas da mesma forma que martelos, para partir a comida. Testemunhas afirmaram que os macacos podem ter dado golpes violentos no bebê para matá-lo, na última sexta-feira (20).
A morte causou revolta na comunidade local. O sentimento de raiva, no entanto, não foi direcionado aos animais, e sim aos cientistas que os estudam. O Instituto de Pesquisa Ambiental Bossou foi invadido por manifestantes, que levaram o cadáver da criança e destruíram computadores, câmeras e drones.
"Não era a vontade deles [ser violento], mas tornou-se um hábito dos chimpanzés", disse o manifestante Joseph Doré. Ele também afirmou que estes animais e os humanos viviam em paz, antes das chegadas dos estudiosos e das autoridades do governo. Até o momento, seis ataques dos primatas foram identificados na reserva do Monte Nimba em 2024.
O economista local Alidjiou Sylla sugeriu que os macacos estão precisando explorar uma área protegida da floresta por falta de comida em seu habitat, o que os obrigou a ter mais contato com os humanos.
"Eles não temem mais os humanos", disse Gen Yamakoshi, pesquisador-chefe do instituto. "Não está claro se os acidentes são resultado de comida ou nervosismo. É um comportamento semelhante ao modo como os chimpanzés tratam uns aos outros. Se eles estão entusiasmados, não conseguem controlar seu comportamento", explicou ao "The Times".
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