Queijo foi encontrado em múmias da região de TarimLI Wenying / Xinjiang Cultural Relics and Archaeology Institute
Publicado 27/09/2024 12:13
Cientistas encontraram o DNA do queijo mais antigo já descoberto em sepulturas da Idade do Bronze, enterradas há cerca de 3600 anos. Ele foi identificado em uma substância de cor branca, espalhada sobre múmias do deserto do Taclamacã, a noroeste da China. Os restos mortais foram encontrados em 2003, mas só recentemente a procedência do composto foi confirmada.
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A pesquisa foi publicada pela revista "Cell" nesta quarta-feira (25) por pesquisadores do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia da Academia Chinesa de Ciências. Segundo o artigo, o antigo povo Xiaohe, que habitava a região, fermentava leite usando micróbios para criar kefir, um tipo de bebida produzida até hoje.
A equipe das estudo, liderada pela paleogeneticista chinesa Qiaomei Fu, identificou DNA de cabra e gado nas amostras de queijo, que serviram para determinar hábitos de armazenamento alimentar da época.
"Este é um estudo sem precedentes, permitindo-nos observar como uma bactéria evoluiu ao longo dos últimos 3000 anos. Além disso, ao examinar produtos lácteos, obtivemos uma imagem mais clara da vida humana antiga e suas interações com o mundo", declarou Fu.
Ela também enfatizou que "alimentos como o queijo são extremamente difíceis de preservar durante milhares de anos, tornando esta oportunidade rara e preciosa".
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