Publicado 01/10/2024 09:22
O veterano Shigeru Ishiba se tornou oficialmente nesta terça-feira (1º) o novo primeiro-ministro do Japão, após a aprovação do Parlamento, e formou um governo que enfrentará grandes desafios econômicos, políticos e internacionais.
Ishiba, 67 anos, foi eleito na sexta-feira como líder do conservador Partido Liberal Democrático (PLD), legenda que governa o país de maneira quase ininterrupta desde 1955.
Sem surpresas, a votação do Parlamento para a nomeação oficial como primeiro-ministro foi apenas uma formalidade.
Ishiba anunciou rapidamente a composição de seu governo, que tem 19 membros, incluindo duas mulheres, contra cinco no gabinete anterior, um reflexo da baixa representação das mulheres na vida política japonesa.
Seguindo as expectativas, Katsunobu Kato, ex-secretário-geral do Executivo, foi designado ministro das Finanças. Gen Nakatani será o ministro da Defesa e Takeshi Iwaya o titular da pasta das Relações Exteriores.
O governante anunciou na segunda-feira que planeja convocar eleições legislativas antecipadas para 27 de outubro, com o objetivo de consolidar a legitimidade do novo Executivo.
"Restaurar a confiança"
PublicidadeIshiba, 67 anos, foi eleito na sexta-feira como líder do conservador Partido Liberal Democrático (PLD), legenda que governa o país de maneira quase ininterrupta desde 1955.
Sem surpresas, a votação do Parlamento para a nomeação oficial como primeiro-ministro foi apenas uma formalidade.
Ishiba anunciou rapidamente a composição de seu governo, que tem 19 membros, incluindo duas mulheres, contra cinco no gabinete anterior, um reflexo da baixa representação das mulheres na vida política japonesa.
Seguindo as expectativas, Katsunobu Kato, ex-secretário-geral do Executivo, foi designado ministro das Finanças. Gen Nakatani será o ministro da Defesa e Takeshi Iwaya o titular da pasta das Relações Exteriores.
O governante anunciou na segunda-feira que planeja convocar eleições legislativas antecipadas para 27 de outubro, com o objetivo de consolidar a legitimidade do novo Executivo.
"Restaurar a confiança"
Ishiba, um político experiente que já ocupou vários cargos ministeriais, incluindo Defesa e Agricultura, disputou a liderança do PLD quatro vezes, sem sucesso. Na quinta tentativa, finalmente foi bem-sucedido.
Sua personalidade, que gera divisões internas no partido, representa o oposto de seu antecessor Fumio Kishida, relativamente popular entre os eleitores, segundo os analistas.
A vitória de Ishiba "indica que o PLD buscou um líder com experiência e amplo apoio dos eleitores para comandar o partido nas próximas eleições nacionais", afirmou Yuko Nakano, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
"Se a coalizão governante conquistar um novo mandato, Ishiba conseguirá remodelar a dinâmica interna do partido e restaurar a confiança", acrescentou.
A confiança dos eleitores no partido governista foi abalada por uma série de escândalos político-financeiros que sacudiram o PLD e derrubaram a popularidade de Kishida.
A questão da queda da natalidade no país, que tem a população mais envelhecida do mundo depois de Mônaco, será uma das suas prioridades, assim como o número de horas de trabalho e a vontade de reforçar o apoio aos pais.
Desafios econômicos e internacionais
Sua personalidade, que gera divisões internas no partido, representa o oposto de seu antecessor Fumio Kishida, relativamente popular entre os eleitores, segundo os analistas.
A vitória de Ishiba "indica que o PLD buscou um líder com experiência e amplo apoio dos eleitores para comandar o partido nas próximas eleições nacionais", afirmou Yuko Nakano, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
"Se a coalizão governante conquistar um novo mandato, Ishiba conseguirá remodelar a dinâmica interna do partido e restaurar a confiança", acrescentou.
A confiança dos eleitores no partido governista foi abalada por uma série de escândalos político-financeiros que sacudiram o PLD e derrubaram a popularidade de Kishida.
A questão da queda da natalidade no país, que tem a população mais envelhecida do mundo depois de Mônaco, será uma das suas prioridades, assim como o número de horas de trabalho e a vontade de reforçar o apoio aos pais.
Desafios econômicos e internacionais
Entre os desafios econômicos e políticos, Ishiba enfrentará, em particular, o ritmo lento de consumo das famílias japonesas e o aumento dos salários abaixo do esperado, que constituem uma trava ao crescimento do país.
O novo chefe de Governo expressou apoio à normalização monetária iniciada este ano pelo Banco do Japão, com o aumento das suas taxas de juros. A Bolsa de Tóquio fechou em queda expressiva na segunda-feira (-4,8%), como reação à nomeação do novo premiê. Nesta terça-feira, o mercado teve uma recuperação parcial, com alta de 1,9%.
O novo ministro das Finanças, Katsunobu Kato, 68 anos, defendeu em setembro que o país deve continuar elevando as taxas de juros.
Os investidores também temem aumentos de impostos sobre as empresas para financiar novas medidas de recuperação econômica.
No cenário internacional, o novo chefe de Governo terá que administrar as tensões, depois que Kishida se comprometeu a dobrar os gastos de Defesa e a reforçar as relações com os Estados Unidos e outros países afetados pela ascensão da China e pela conduta da Rússia e da Coreia do Norte.
O novo chefe de Governo expressou apoio à normalização monetária iniciada este ano pelo Banco do Japão, com o aumento das suas taxas de juros. A Bolsa de Tóquio fechou em queda expressiva na segunda-feira (-4,8%), como reação à nomeação do novo premiê. Nesta terça-feira, o mercado teve uma recuperação parcial, com alta de 1,9%.
O novo ministro das Finanças, Katsunobu Kato, 68 anos, defendeu em setembro que o país deve continuar elevando as taxas de juros.
Os investidores também temem aumentos de impostos sobre as empresas para financiar novas medidas de recuperação econômica.
No cenário internacional, o novo chefe de Governo terá que administrar as tensões, depois que Kishida se comprometeu a dobrar os gastos de Defesa e a reforçar as relações com os Estados Unidos e outros países afetados pela ascensão da China e pela conduta da Rússia e da Coreia do Norte.
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