Publicado 01/10/2024 15:01
Os estivadores de 14 grandes portos americanos declararam greve na madrugada desta terça-feira (1º), após o fracasso das negociações de última hora entre seu sindicato e a Aliança Marítima a respeito de questões salariais.
A greve no porto da Virgínia, uma das instalações afetadas, "começou às 00h01" desta terça-feira, anunciou o porto em seu site.
As negociações entre a Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX), que representa os empregadores, e o sindicato ILA, "estão estagnadas", afirmou.
O sindicato anunciou que "fechou (as atividades em) todos os portos do Maine ao Texas”.
"Estamos dispostos a lutar o tempo que for necessário (...) para obter os salários e as proteções contra a automatização (do trabalho) que nossos membros da ILA merecem", afirmou nesta terça-feira o presidente do sindicato, Harold Daggett, em um comunicado.
Más notícias para Kamala Harris, em plena campanha
PublicidadeA greve no porto da Virgínia, uma das instalações afetadas, "começou às 00h01" desta terça-feira, anunciou o porto em seu site.
As negociações entre a Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX), que representa os empregadores, e o sindicato ILA, "estão estagnadas", afirmou.
O sindicato anunciou que "fechou (as atividades em) todos os portos do Maine ao Texas”.
"Estamos dispostos a lutar o tempo que for necessário (...) para obter os salários e as proteções contra a automatização (do trabalho) que nossos membros da ILA merecem", afirmou nesta terça-feira o presidente do sindicato, Harold Daggett, em um comunicado.
Más notícias para Kamala Harris, em plena campanha
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, instou empregadores e sindicatos a "sentar à mesa e negociar de boa-fé, de forma justa e rápida", informou a Casa Branca.
O conflito representa um grande desafio para o governo, especialmente para a vice-presidente Kamala Harris, que busca suceder a Biden, uma vez que ambos tentam construir uma imagem favorável aos sindicatos antes da eleição presidencial de novembro.
Até agora, o presidente descartou uma intervenção federal, apesar do contexto de tensão.
Na noite de segunda-feira, as duas partes anunciaram que haviam retomado as negociações, iniciadas em maio e estagnadas em torno de salários e da automatização do trabalho.
"Nas últimas 24 horas, a USMX e a ILA trocaram contrapropostas sobre os salários", afirmou a Aliança Marítima em um comunicado, assegurando que havia "melhorado" sua proposta e solicitado uma prorrogação do atual acordo de trabalho para continuar as negociações.
Segundo uma fonte próxima às conversas, a proposta mencionada pela Aliança foi rejeitada pelo sindicato na segunda-feira.
A ILA planejava iniciar uma greve em 14 portos da costa leste e do Golfo do México assim que o atual acordo de seis anos expirasse.
A USMX representa os empregadores de 36 portos.
Por sua vez, o sindicato de estivadores conta com 85.000 afiliados em todo o território americano, incluindo trabalhadores de portos marítimos, rios e lagos.
A Oxford Economics estima que a greve custará entre 4,5 e 7,5 bilhões de dólares (R$ 24,5 bilhões e R$ 40,8 bilhões) por semana à economia dos Estados Unidos. O impacto total depende da duração da paralisação, afirmaram seus analistas.
O transporte de hidrocarbonetos e produtos agrícolas, e até mesmo os cruzeiros, não deve ser muito afetado.
Luta contra a automatização
O conflito representa um grande desafio para o governo, especialmente para a vice-presidente Kamala Harris, que busca suceder a Biden, uma vez que ambos tentam construir uma imagem favorável aos sindicatos antes da eleição presidencial de novembro.
Até agora, o presidente descartou uma intervenção federal, apesar do contexto de tensão.
Na noite de segunda-feira, as duas partes anunciaram que haviam retomado as negociações, iniciadas em maio e estagnadas em torno de salários e da automatização do trabalho.
"Nas últimas 24 horas, a USMX e a ILA trocaram contrapropostas sobre os salários", afirmou a Aliança Marítima em um comunicado, assegurando que havia "melhorado" sua proposta e solicitado uma prorrogação do atual acordo de trabalho para continuar as negociações.
Segundo uma fonte próxima às conversas, a proposta mencionada pela Aliança foi rejeitada pelo sindicato na segunda-feira.
A ILA planejava iniciar uma greve em 14 portos da costa leste e do Golfo do México assim que o atual acordo de seis anos expirasse.
A USMX representa os empregadores de 36 portos.
Por sua vez, o sindicato de estivadores conta com 85.000 afiliados em todo o território americano, incluindo trabalhadores de portos marítimos, rios e lagos.
A Oxford Economics estima que a greve custará entre 4,5 e 7,5 bilhões de dólares (R$ 24,5 bilhões e R$ 40,8 bilhões) por semana à economia dos Estados Unidos. O impacto total depende da duração da paralisação, afirmaram seus analistas.
O transporte de hidrocarbonetos e produtos agrícolas, e até mesmo os cruzeiros, não deve ser muito afetado.
Luta contra a automatização
Esta é a primeira grande greve da ILA desde 1977. Grandes paralisações de trabalhadores em fábricas de automóveis e na Boeing, por questões salariais e condições de trabalho, têm ocorrido nos Estados Unidos.
Neste caso, o acordo coletivo abrange cerca de 25.000 trabalhadores sindicalizados da ILA em grandes portos como Nova York/Nova Jersey, Boston, Filadélfia, Savannah, Nova Orleans e Houston.
"Trabalhamos durante a pandemia de covid. Nunca paramos. Fizemos com que o mundo continuasse funcionando", lembrou Jonita Carter, que trabalha em portos há 23 anos. "Com a automatização, perderemos nossos empregos."
Carter era uma das cerca de 200 pessoas em uma manifestação em frente ao Maher Terminals, um dos principais locais do Port Elizabeth, o grande porto de Nova York/Nova Jersey.
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse na segunda-feira que as autoridades portuárias estavam tentando liberar a maior quantidade possível de mercadorias antes da paralisação.
Outros terminais, como os de Nova Orleans, Louisiana e Savannah, ofereceram horas extras nos últimos dias para agilizar a circulação de mercadorias.
O sindicato exige proteção contra a perda de empregos relacionada à automatização de processos e pede aumentos salariais para os estivadores.
Relatos da imprensa indicam que a ILA pede um aumento salarial de 77% em sete anos.
A USMX indicou na segunda-feira que sua última oferta teria "aumentado salários em cerca de 50%, triplicado as contribuições patronais para os planos de aposentadoria e fortalecido os planos de saúde".
Uma greve nos portos "paralisaria o comércio dos Estados Unidos e aumentaria os preços em um momento em que consumidores e empresas começam a sentir alívio da inflação", afirmou Erin McLaughlin, economista do Conference Board, uma organização sem fins lucrativos que investiga a atividade comercial.
"Não há uma alternativa fácil. Os armadores já começaram a redirecionar algumas cargas para a costa oeste, mas a capacidade desta opção é limitada", alertou o especialista.
Neste caso, o acordo coletivo abrange cerca de 25.000 trabalhadores sindicalizados da ILA em grandes portos como Nova York/Nova Jersey, Boston, Filadélfia, Savannah, Nova Orleans e Houston.
"Trabalhamos durante a pandemia de covid. Nunca paramos. Fizemos com que o mundo continuasse funcionando", lembrou Jonita Carter, que trabalha em portos há 23 anos. "Com a automatização, perderemos nossos empregos."
Carter era uma das cerca de 200 pessoas em uma manifestação em frente ao Maher Terminals, um dos principais locais do Port Elizabeth, o grande porto de Nova York/Nova Jersey.
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse na segunda-feira que as autoridades portuárias estavam tentando liberar a maior quantidade possível de mercadorias antes da paralisação.
Outros terminais, como os de Nova Orleans, Louisiana e Savannah, ofereceram horas extras nos últimos dias para agilizar a circulação de mercadorias.
O sindicato exige proteção contra a perda de empregos relacionada à automatização de processos e pede aumentos salariais para os estivadores.
Relatos da imprensa indicam que a ILA pede um aumento salarial de 77% em sete anos.
A USMX indicou na segunda-feira que sua última oferta teria "aumentado salários em cerca de 50%, triplicado as contribuições patronais para os planos de aposentadoria e fortalecido os planos de saúde".
Uma greve nos portos "paralisaria o comércio dos Estados Unidos e aumentaria os preços em um momento em que consumidores e empresas começam a sentir alívio da inflação", afirmou Erin McLaughlin, economista do Conference Board, uma organização sem fins lucrativos que investiga a atividade comercial.
"Não há uma alternativa fácil. Os armadores já começaram a redirecionar algumas cargas para a costa oeste, mas a capacidade desta opção é limitada", alertou o especialista.
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