Novo Secretário-Geral da OTAN, Mark RutteAFP
Publicado 03/10/2024 11:19
O novo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, reiterou, nesta quinta-feira (3), o apoio dos países ocidentais à Ucrânia até que "vença" a Rússia, durante uma visita a Kiev apenas dois dias depois de assumir seu cargo.
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"É minha prioridade e meu privilégio promover esse apoio" do Ocidente "para tentar ver a Ucrânia vencer", disse Rutte aos repórteres, ao lado do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.
Ao assumir seu cargo na terça-feira em um ato na sede da Aliança em Bruxelas, Rutte prometeu que a Ucrânia seria uma prioridade e que trabalhará para "intensificar" o apoio a Kiev frente à invasão russa.
A visita ocorre em um momento difícil para a Ucrânia, cujas forças estão em retirada na frente oriental, com falta de homens e armas, e com vozes cada vez mais altas a favor de negociações, inclusive entre os aliados de Kiev.
Zelensky, por sua vez, acusou os países ocidentais de "atrasar" a entrega de mísseis de longo alcance para seu país, uma arma que está no centro de um debate sobre seu uso para atacar a Rússia.
Kiev tem afirmado constantemente ser capaz de atacar com mísseis de longo alcance alvos no território russo para reduzir a capacidade de Moscou de atacar seu território. Mas vários de seus aliados, inclusive os EUA, se recusam a autorizar esse pedido por medo de uma escalada com o Kremlin, que já disse que responderia se fosse autorizado.
"Precisamos de uma quantidade e qualidade suficientes de armas, incluindo armas de longo alcance, com as quais, na minha opinião, nossos parceiros já estão se atrasando", disse Zelensky.
Ele disse que sua tarefa era "convencer" os países ocidentais a "abater os mísseis e drones russos" que atacam a Ucrânia, embora tenha dito estar ciente de que "essa é uma decisão difícil" e que os aliados de Kiev "ainda não estão prontos" para tomá-la.
Mark Rutte é um dos apoiadores mais ativos de Kiev na Europa desde o início da invasão russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e é descrito por Moscou como um "russófobo".
Zelensky, por sua vez, chamou-o na quinta-feira de "um grande amigo e aliado da Ucrânia" e lembrou que o objetivo de seu país era "a adesão plena da Ucrânia à Aliança Atlântica".
 
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