Virginia McCullough, de 36 anos, matou os pais em junho de 2019Divulgação / Polícia de Essex
Publicado 11/10/2024 14:55 | Atualizado 11/10/2024 14:56
Uma mulher foi condenada à prisão perpétua nesta sexta-feira (11) por matar os próprios pais e conviver com os seus corpos por quatro anos em sua casa no condado de Essex, na Inglaterra. Os assassinatos aconteceram em junho de 2019 e foram descobertos em setembro de 2023, segundo o jornal britânico "The Guardian". Ela admitiu o crime e detalhou as circunstâncias durante uma das audiências.
Publicidade
De acordo com a publicação, Virginia McCullough, de 36 anos, envenenou uma bebida do seu pai, John McCullough, 70, colocando medicamentos nela. No dia seguinte, ela golpeou sua mãe, Lois McCullough, 71, com um martelo, e em seguida, a esfaqueou diversas vezes, conforme a promotora Lisa Wilding.
Vestígios indicam que os assassinatos foram premeditados, pois ela comprou o facão e materiais para triturar os remédios meses antes.
Para esconder os corpos, ela fez um "túmulo improvisado" para John, encontrado em um quarto da casa, e colocou o cadáver de Lois em um guarda-roupa no último andar da residência. Wilding afirmou que a ré estava pensando em cometer os crimes desde o início de 2019.
Por anos, McCullough mentiu a pessoas próximas sobre o paradeiro do casal, afirmando a médicos e parentes que seus pais estavam doentes, de férias ou viajando. Ela, no entanto, teria feito arranjos para garantir que receberia pensões relacionadas à aposentadoria e ao trabalho deles, se beneficiando em mais de 136 mil libras (valor superior a R$ 1 milhão), de acordo com a notícia. Além disso, a assassina também se passou pelas vítimas em ligações telefônicas e envios de mensagem.
Um vídeo divulgado pelas autoridades mostra Virginia admitindo o crime no dia em que foi presa. "Eu sabia que isso eventualmente aconteceria. É justo que eu cumpra minha punição", afirmou na época. "Anime-se, pelo menos você pegou a pessoa má", falou para os policiais.
A mulher que matou os pais tinha sintomas de transtorno de personalidade, sinais de depressão, psicose e autismo na época do crime, mas isso não reduz sua culpabilidade, segundo o juiz Johnson, que determinou a sentença.
Leia mais