Publicado 15/10/2024 14:14
O movimento libanês Hezbollah ameaçou, nesta terça-feira (15), realizar ataques em "todo" Israel, enquanto o país governado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu intensifica os bombardeios contra redutos deste grupo aliado do Irã e outros pontos do Líbano.
Em um discurso, o número dois do Hezbollah, Naim Qasem, afirmou que "a solução" para encerrar a guerra no Líbano é "um cessar-fogo" e assegurou que seu movimento não será "derrotado".
"Uma vez que o inimigo israelense apontou contra todo o Líbano, temos o direito, a partir de uma posição defensiva, de apontar contra qualquer lugar" de Israel, "seja no centro, no norte ou no sul", afirmou Qasem.
Após quase um ano de troca de disparos com o Hezbollah na fronteira com o Líbano e depois de debilitar o Hamas na Faixa de Gaza, o Exército israelense focou, em meados de setembro, na guerra no Líbano, onde intensificou seus ataques contra redutos do movimento xiita.
O objetivo é afastar o Hezbollah das regiões fronteiriças entre Líbano e Israel e acabar com o lançamento de foguetes para que cerca de 60.000 israelenses deslocados possam retornar para casa.
Israel iniciou em 23 de setembro uma intensa campanha de bombardeios aéreos contra redutos do movimento pró-iraniano e lançou uma ofensiva terrestre no sul do país vizinho uma semana depois.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, declarou nesta terça-feira à AFP que Israel está realizando "breves incursões" no sul de seu país e acrescentou que o Líbano está disposto a reforçar as tropas nesta região, caso ocorra "um cessar-fogo".
Mikati também informou que seu governo reforçou as medidas de segurança no aeroporto internacional de Beirute para "eliminar qualquer pretexto" para um ataque israelense.
O Exército israelense acusa o Irã de tentar fornecer armas ao Hezbollah através do aeroporto da capital libanesa e afirmou que impediria tais tentativas. As autoridades libanesas negaram as acusações.
'Noite violenta'
PublicidadeEm um discurso, o número dois do Hezbollah, Naim Qasem, afirmou que "a solução" para encerrar a guerra no Líbano é "um cessar-fogo" e assegurou que seu movimento não será "derrotado".
"Uma vez que o inimigo israelense apontou contra todo o Líbano, temos o direito, a partir de uma posição defensiva, de apontar contra qualquer lugar" de Israel, "seja no centro, no norte ou no sul", afirmou Qasem.
Após quase um ano de troca de disparos com o Hezbollah na fronteira com o Líbano e depois de debilitar o Hamas na Faixa de Gaza, o Exército israelense focou, em meados de setembro, na guerra no Líbano, onde intensificou seus ataques contra redutos do movimento xiita.
O objetivo é afastar o Hezbollah das regiões fronteiriças entre Líbano e Israel e acabar com o lançamento de foguetes para que cerca de 60.000 israelenses deslocados possam retornar para casa.
Israel iniciou em 23 de setembro uma intensa campanha de bombardeios aéreos contra redutos do movimento pró-iraniano e lançou uma ofensiva terrestre no sul do país vizinho uma semana depois.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, declarou nesta terça-feira à AFP que Israel está realizando "breves incursões" no sul de seu país e acrescentou que o Líbano está disposto a reforçar as tropas nesta região, caso ocorra "um cessar-fogo".
Mikati também informou que seu governo reforçou as medidas de segurança no aeroporto internacional de Beirute para "eliminar qualquer pretexto" para um ataque israelense.
O Exército israelense acusa o Irã de tentar fornecer armas ao Hezbollah através do aeroporto da capital libanesa e afirmou que impediria tais tentativas. As autoridades libanesas negaram as acusações.
'Noite violenta'
O Exército israelense lançou nesta terça-feira vários ataques no sul do Líbano e na região do Bekaa (leste), onde um hospital na cidade de Baalbeck ficou fora de operação, segundo a agência oficial de notícias libanesa ANI.
"Foi uma noite violenta em Baalbeck, não vivíamos uma como esta desde a guerra de 2006" entre Israel e Hezbollah, disse Nidal al Solh, de 50 anos.
A ONU pediu, por sua vez, que seja investigado um bombardeio israelense ocorrido na segunda-feira no vilarejo cristão de Aito, no norte do Líbano, que deixou 22 mortos, incluindo 12 mulheres e duas crianças, segundo números da entidade.
No total, os bombardeios israelenses de segunda-feira no Líbano causaram 41 mortos e 124 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde libanês.
Desde 23 de setembro, pelo menos 1.356 pessoas morreram no Líbano, segundo um levantamento com base em números oficiais. A ONU também relatou quase 700.000 deslocados.
No sul do país, a força de manutenção da paz da ONU, Unifil, decidiu manter suas posições, apesar dos disparos do Exército israelense e de um pedido de Netanyahu para que evacuasse a área.
Hezbollah indicou nesta terça-feira que disparou foguetes contra Haifa e outras regiões do norte de Israel e relatou combates com soldados "infiltrados" no sul do Líbano.
O grupo libanês também afirmou ter disparado mísseis contra "três retroescavadeiras e um tanque" do Exército israelense, que pegaram fogo, perto de um vilarejo no sul do Líbano.
'Interesse nacional'
"Foi uma noite violenta em Baalbeck, não vivíamos uma como esta desde a guerra de 2006" entre Israel e Hezbollah, disse Nidal al Solh, de 50 anos.
A ONU pediu, por sua vez, que seja investigado um bombardeio israelense ocorrido na segunda-feira no vilarejo cristão de Aito, no norte do Líbano, que deixou 22 mortos, incluindo 12 mulheres e duas crianças, segundo números da entidade.
No total, os bombardeios israelenses de segunda-feira no Líbano causaram 41 mortos e 124 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde libanês.
Desde 23 de setembro, pelo menos 1.356 pessoas morreram no Líbano, segundo um levantamento com base em números oficiais. A ONU também relatou quase 700.000 deslocados.
No sul do país, a força de manutenção da paz da ONU, Unifil, decidiu manter suas posições, apesar dos disparos do Exército israelense e de um pedido de Netanyahu para que evacuasse a área.
Hezbollah indicou nesta terça-feira que disparou foguetes contra Haifa e outras regiões do norte de Israel e relatou combates com soldados "infiltrados" no sul do Líbano.
O grupo libanês também afirmou ter disparado mísseis contra "três retroescavadeiras e um tanque" do Exército israelense, que pegaram fogo, perto de um vilarejo no sul do Líbano.
'Interesse nacional'
Enquanto continuam a guerra contra o Hezbollah no Líbano e contra o Hamas na Faixa de Gaza, os israelenses seguem preparando uma resposta ao ataque do Irã em 1º de outubro, quando a República Islâmica lançou cerca de 200 mísseis contra Israel.
Netanyahu afirmou nesta terça-feira que seu país decidirá sozinho quais serão os alvos de um eventual ataque contra o Irã, após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, instá-lo a não atacar instalações petrolíferas ou nucleares.
"Escutamos as opiniões dos Estados Unidos, mas tomaremos nossas decisões finais com base em nosso interesse nacional", declarou Netanyahu.
O Irã afirma que atacou Israel para vingar as mortes do general iraniano Abbas Nilforoushan e do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, abatidos em 27 de setembro em um bombardeio israelense contra um subúrbio ao sul de Beirute.
O ataque iraniano também buscava vingar a morte do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, morto em 31 de julho em Teerã, em um ataque que Irã e o movimento islamista palestino atribuíram a Israel.
Durante o funeral de Nilforoushan nesta terça-feira em Teerã, o comandante iraniano Esmail Qaani reapareceu em público, após relatos da mídia afirmarem que ele foi alvo de ataques israelenses em 4 de outubro no sul de Beirute.
O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 matou 1.206 pessoas em Israel, na sua maioria civis, segundo um levantamento baseado em números oficiais israelenses e que inclui os reféns que morreram durante o cativeiro em Gaza.
Pelo menos 42.344 palestinos morreram, na sua maioria civis, na ofensiva de retaliação israelense em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
Netanyahu afirmou nesta terça-feira que seu país decidirá sozinho quais serão os alvos de um eventual ataque contra o Irã, após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, instá-lo a não atacar instalações petrolíferas ou nucleares.
"Escutamos as opiniões dos Estados Unidos, mas tomaremos nossas decisões finais com base em nosso interesse nacional", declarou Netanyahu.
O Irã afirma que atacou Israel para vingar as mortes do general iraniano Abbas Nilforoushan e do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, abatidos em 27 de setembro em um bombardeio israelense contra um subúrbio ao sul de Beirute.
O ataque iraniano também buscava vingar a morte do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, morto em 31 de julho em Teerã, em um ataque que Irã e o movimento islamista palestino atribuíram a Israel.
Durante o funeral de Nilforoushan nesta terça-feira em Teerã, o comandante iraniano Esmail Qaani reapareceu em público, após relatos da mídia afirmarem que ele foi alvo de ataques israelenses em 4 de outubro no sul de Beirute.
O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 matou 1.206 pessoas em Israel, na sua maioria civis, segundo um levantamento baseado em números oficiais israelenses e que inclui os reféns que morreram durante o cativeiro em Gaza.
Pelo menos 42.344 palestinos morreram, na sua maioria civis, na ofensiva de retaliação israelense em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
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