The New York Times ouviu o ministro Dias Toffoli e o presidente do STFReprodução
Publicado 16/10/2024 17:45 | Atualizado 16/10/2024 17:46
São Paulo- O jornal americano The New York Times publicou um artigo nesta quarta-feira, 16, intitulado "O Supremo está salvando ou ameaçando a democracia?". O texto é assinado pelo chefe da sucursal do jornal no Brasil, Jack Nicas. Segundo a publicação, Nicas conversou com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com procuradores da justiça federal, juízes federais e juristas para escrever o texto.
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O artigo não apresenta uma resposta direta à pergunta feita em seu título, mas relata a história recente do STF partindo dos vídeos em que Daniel Silveira ataca os ministros da corte que o levaram à prisão. Nicas define que o episódio de Silveira como uma peça da "crise institucional" que se estabelece no País.
O americano relata os acontecimentos desde o início do inquérito das fake news, as ordens do ministro Alexandre de Moraes para derrubar perfis e seu embate com Elon Musk que levou ao bloqueio do X (antigo twitter), evento que o jornal considerou uma derrota para Musk. A reportagem também relembra o fato de Jair Bolsonaro ter sido declarado inelegível até 2030 e dos julgamentos dos envolvidos no 8 de janeiro.
Nicas ouviu o ministro Dias Toffoli e o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, que defenderam a atuação da Corte. Os juízes consideraram que o Supremo não defende a si ou a seus membros, mas a democracia.
Por outro lado, Ubiratan Cazetta, Procurador e presidente da Associação Nacional de Promotores de Justiça, falou ao jornalista que se preocupa com o preço por salvar a democracia.
A escalada autoritária do Supremo
A reportagem avalia que enquanto a esquerda agradece a corte por "salvar a democracia" a direita a acusa de censura. A fala que resume o pensamento dos especialistas ouvidos foi dita pelo advogado especialista em direitos humanos, Tiago Amparo: ele avalia que as ações do Supremo são para tempos excepcionais, mas se pergunta se esses tempos já passaram.
Por fim, o texto se encerra com uma fala de Barroso que afirma que o STF tem o direito de errar por último e que lidar com pessoas que a ameaçam a democracia é lidar com pessoas perigosas
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