Publicado 17/10/2024 11:32 | Atualizado 17/10/2024 11:33
Israel bombardeou posições do Hezbollah na Síria, nesta quinta-feira (17), depois que as forças dos Estados Unidos efetuaram vários ataques contra instalações dos rebeldes houthis do Iêmen, após quase um mês de guerra aberta entre o governo israelense e o movimento islamista libanês.
A Síria, os rebeldes do Iêmen, o movimento islamista Hezbollah e o grupo palestino Hamas pertencem ao denominado "eixo da resistência" contra Israel, liderado pelo Irã.
O comandante da Guarda Revolucionária iraniana, Hossein Salami, advertiu, nesta quinta, que o país responderá com um ataque "doloroso", em caso de represália israelense aos mísseis lançados no dia 1º de outubro por Teerã.
Salami fez a declaração durante as cerimônias fúnebres do general Abbas Nilforushan, comandante do exército ideológico da República Islâmica, que morreu em 27 de setembro no bombardeio israelense no sul de Beirute, que também matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
O Irã afirma que os quase 200 mísseis lançados contra Israel foram uma resposta ao bombardeio que matou Nasrallah e Nilforushan.
As autoridades israelenses prometeram responder ao ataque, o que eleva o temor de que a guerra, travada em várias frentes, resulte em um conflito regional.
A imprensa estatal síria informou que Israel bombardeou a cidade de Latakia e feriu dois civis, um ataque que, segundo a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), teve como alvo um "depósito de armas do Hezbollah".
O Exército israelense, procurado pela AFP, não fez nenhum comentário sobre o bombardeio.
As forças dos Estados Unidos lançaram vários ataques com bombardeiros B-2 contra instalações subterrâneas de armazenamento de armas em áreas do Iêmen controladas pelos rebeldes houthis, informou o Pentágono na quarta-feira (16).
O gabinete político houthi alertou que os bombardeios americanos não ficarão "sem resposta" e insistiu que continuará apoiando os palestinos na Faixa de Gaza e no Líbano.
Gaza é cenário de uma conflito entre Israel e o Hamas e, no Líbano, Israel trava uma guerra aberta contra o Hezbollah.
'A destruição é total'
PublicidadeA Síria, os rebeldes do Iêmen, o movimento islamista Hezbollah e o grupo palestino Hamas pertencem ao denominado "eixo da resistência" contra Israel, liderado pelo Irã.
O comandante da Guarda Revolucionária iraniana, Hossein Salami, advertiu, nesta quinta, que o país responderá com um ataque "doloroso", em caso de represália israelense aos mísseis lançados no dia 1º de outubro por Teerã.
Salami fez a declaração durante as cerimônias fúnebres do general Abbas Nilforushan, comandante do exército ideológico da República Islâmica, que morreu em 27 de setembro no bombardeio israelense no sul de Beirute, que também matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
O Irã afirma que os quase 200 mísseis lançados contra Israel foram uma resposta ao bombardeio que matou Nasrallah e Nilforushan.
As autoridades israelenses prometeram responder ao ataque, o que eleva o temor de que a guerra, travada em várias frentes, resulte em um conflito regional.
A imprensa estatal síria informou que Israel bombardeou a cidade de Latakia e feriu dois civis, um ataque que, segundo a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), teve como alvo um "depósito de armas do Hezbollah".
O Exército israelense, procurado pela AFP, não fez nenhum comentário sobre o bombardeio.
As forças dos Estados Unidos lançaram vários ataques com bombardeiros B-2 contra instalações subterrâneas de armazenamento de armas em áreas do Iêmen controladas pelos rebeldes houthis, informou o Pentágono na quarta-feira (16).
O gabinete político houthi alertou que os bombardeios americanos não ficarão "sem resposta" e insistiu que continuará apoiando os palestinos na Faixa de Gaza e no Líbano.
Gaza é cenário de uma conflito entre Israel e o Hamas e, no Líbano, Israel trava uma guerra aberta contra o Hezbollah.
'A destruição é total'
Em uma visita incomum ao Egito, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, conversou com o presidente egípcio, Abdel Fatah al Sisi, sobre o perigo de um conflito regional.
Os dois concordaram que é necessário "intensificar os esforços para acabar com os crimes em Gaza e a agressão contra o Líbano", conforme destacou a agência oficial iraniana de notícias.
O conflito em Gaza entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro de 2023, quando milicianos islamistas mataram 1.206 pessoas no sul de Israel, a maioria civis, de acordo com uma contagem baseada em números oficiais israelenses que incluem os reféns que morreram em cativeiro em Gaza.
O Hezbollah abriu uma frente contra Israel no dia seguinte, em apoio ao Hamas, o que obrigou dezenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas dos dois lados da fronteira.
Israel deslocou em setembro a maior parte de suas operações para o norte e intensificou os bombardeios no Líbano a partir de 23 de setembro. Uma semana depois, o país iniciou operações terrestres contra o Hezbollah.
Os bombardeios israelenses contra a cidade de Nabatieh, sul do Líbano deixaram ao menos 16 mortos na quarta-feira. Nesta quinta, outro bombardeio atingiu as imediações da cidade costeira de Tiro, segundo imagens da AFPTV, depois que Israel ordenou a saída dos moradores da área.
Na cidade de Qana, "mais de 15 edifícios ficaram completamente destruídos", declarou Mohamed Nasrallah Ibrahim, um socorrista. "A destruição é total", completou.
O Exército israelense também ordenou a saída dos moradores de uma área do vale do Bekaa, no leste do Líbano, um reduto do Hezbollah.
'Morrer de sede ou de fome'
Os dois concordaram que é necessário "intensificar os esforços para acabar com os crimes em Gaza e a agressão contra o Líbano", conforme destacou a agência oficial iraniana de notícias.
O conflito em Gaza entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro de 2023, quando milicianos islamistas mataram 1.206 pessoas no sul de Israel, a maioria civis, de acordo com uma contagem baseada em números oficiais israelenses que incluem os reféns que morreram em cativeiro em Gaza.
O Hezbollah abriu uma frente contra Israel no dia seguinte, em apoio ao Hamas, o que obrigou dezenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas dos dois lados da fronteira.
Israel deslocou em setembro a maior parte de suas operações para o norte e intensificou os bombardeios no Líbano a partir de 23 de setembro. Uma semana depois, o país iniciou operações terrestres contra o Hezbollah.
Os bombardeios israelenses contra a cidade de Nabatieh, sul do Líbano deixaram ao menos 16 mortos na quarta-feira. Nesta quinta, outro bombardeio atingiu as imediações da cidade costeira de Tiro, segundo imagens da AFPTV, depois que Israel ordenou a saída dos moradores da área.
Na cidade de Qana, "mais de 15 edifícios ficaram completamente destruídos", declarou Mohamed Nasrallah Ibrahim, um socorrista. "A destruição é total", completou.
O Exército israelense também ordenou a saída dos moradores de uma área do vale do Bekaa, no leste do Líbano, um reduto do Hezbollah.
'Morrer de sede ou de fome'
O Hezbollah anunciou que destruiu um tanque israelense perto da fronteira com um "míssil teleguiado", após relatar "combates violentos" na quarta com tropas israelenses.
Ao menos 1.373 pessoas morreram no Líbano desde que Israel intensificou a ofensiva contra o Hezbollah, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais, mas o balanço real pode se muito mais elevado.
Em Gaza, as forças israelenses efetuam, há uma semana, bombardeios e operações terrestres no norte do território e na área de Jabaliya, onde afirmam que o Hamas tenta reagrupar suas forças.
Um bombardeio israelense matou pelo menos 14 pessoas que estavam refugiadas em uma escola da localidade nesta quinta, informaram os hospitais locais.
Além das duras condições humanitárias e da devastação do território, a guerra teve um impacto drástico na economia. Quase toda a população de Gaza "vive na pobreza", alertou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em um relatório.
"As pessoas estão presas. Se não morrem nos bombardeios, em breve morrerão de sede e fome", afirmou à AFP Nidal al Arab, de 40 anos e que perdeu 10 parentes nos bombardeios.
Pelo menos 42.438 pessoas morreram, a maioria civis, na ofensiva de retaliação israelense em Gaza após o ataque de 7 de outubro de 2023, segundo os dados do Ministério da Saúde do território, considerados confiáveis pela ONU.
Ao menos 1.373 pessoas morreram no Líbano desde que Israel intensificou a ofensiva contra o Hezbollah, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais, mas o balanço real pode se muito mais elevado.
Em Gaza, as forças israelenses efetuam, há uma semana, bombardeios e operações terrestres no norte do território e na área de Jabaliya, onde afirmam que o Hamas tenta reagrupar suas forças.
Um bombardeio israelense matou pelo menos 14 pessoas que estavam refugiadas em uma escola da localidade nesta quinta, informaram os hospitais locais.
Além das duras condições humanitárias e da devastação do território, a guerra teve um impacto drástico na economia. Quase toda a população de Gaza "vive na pobreza", alertou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em um relatório.
"As pessoas estão presas. Se não morrem nos bombardeios, em breve morrerão de sede e fome", afirmou à AFP Nidal al Arab, de 40 anos e que perdeu 10 parentes nos bombardeios.
Pelo menos 42.438 pessoas morreram, a maioria civis, na ofensiva de retaliação israelense em Gaza após o ataque de 7 de outubro de 2023, segundo os dados do Ministério da Saúde do território, considerados confiáveis pela ONU.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.