Publicado 17/10/2024 13:48
Tel Aviv - Israel anunciou, nesta quinta-feira (17), que matou o líder do Hamas, Yahya Sinwar, em uma operação em Gaza, o que pode representar um golpe decisivo contra o movimento islamista, após mais de um ano de guerra no território palestino. Mais cedo, estavam verificando Sinwar se realmente estava morto, realizando exames de DNA nos três corpos de terroristas encontrados.
Publicidade"O assassino em massa Yahya Sinwar, responsável pelo massacre e atrocidades de 7 de outubro, foi eliminado", afirmou o ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, em um comunicado enviado à imprensa.
"Após uma busca de um ano, ontem (quarta-feira), 16 de outubro de 2024, soldados do exército israelense eliminaram Yahya Sinwar, líder da organização terrorista Hamas, durante uma operação no sul da Faixa de Gaza", declarou a força em um comunicado pouco depois.
O Hamas, no poder em Gaza, não confirmou a morte de seu líder. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que "o mal sofreu um duro golpe", mas que "a guerra ainda não terminou".
O presidente israelense, Isaac Herzog, pediu para que ações sejam tomadas para libertar os reféns mantidos em Gaza. "Agora, mais do que nunca, devemos agir de todas as maneiras possíveis para trazer de volta os 101 reféns que ainda estão sendo mantidos em condições horríveis pelos terroristas do Hamas em Gaza", afirmou Herzog.
Sinwar, uma figura radical e discreta, era considerado um dos arquitetos do ataque mortal lançado em 7 de outubro de 2023 pelo Hamas em território israelense, que desencadeou a guerra em Gaza.
Aos 61 anos e chefe do movimento islamista palestino em Gaza desde 2017, ele foi nomeado líder político do Hamas no início de agosto, após a morte de Ismail Haniyeh, assassinado em 31 de julho, em Teerã, em um atentado atribuído a Israel.
O Hamas, no poder em Gaza, não confirmou a morte de seu líder. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que "o mal sofreu um duro golpe", mas que "a guerra ainda não terminou".
O presidente israelense, Isaac Herzog, pediu para que ações sejam tomadas para libertar os reféns mantidos em Gaza. "Agora, mais do que nunca, devemos agir de todas as maneiras possíveis para trazer de volta os 101 reféns que ainda estão sendo mantidos em condições horríveis pelos terroristas do Hamas em Gaza", afirmou Herzog.
Sinwar, uma figura radical e discreta, era considerado um dos arquitetos do ataque mortal lançado em 7 de outubro de 2023 pelo Hamas em território israelense, que desencadeou a guerra em Gaza.
Aos 61 anos e chefe do movimento islamista palestino em Gaza desde 2017, ele foi nomeado líder político do Hamas no início de agosto, após a morte de Ismail Haniyeh, assassinado em 31 de julho, em Teerã, em um atentado atribuído a Israel.
'Um alívio para Israel'
Sinwar, cujo nome constava na lista americana de "terroristas internacionais", foi alvo de várias tentativas de assassinato.
O presidente republicano da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, aplaudiu "a morte" do líder do Hamas, a quem qualificou de "pessoa vil e repugnante", afirmando que se trata de um "alívio" para o povo de Israel.
O anúncio de sua morte ocorre semanas após Israel ter assassinado o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio no Líbano, onde o exército israelense lançou em 23 de setembro uma ofensiva aérea, reforçada por operações terrestres uma semana depois.
Nos últimos meses, outros comandantes do Hezbollah, uma formação apoiada pelo Irã, foram mortos.
Israel afirmou há meses que havia matado Mohammed Deif, o chefe militar do Hamas, embora o movimento islamista palestino não tenha confirmado a informação. Deif foi acusado de planejar, junto com Sinwar, o ataque de 7 de outubro.
O presidente republicano da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, aplaudiu "a morte" do líder do Hamas, a quem qualificou de "pessoa vil e repugnante", afirmando que se trata de um "alívio" para o povo de Israel.
O anúncio de sua morte ocorre semanas após Israel ter assassinado o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio no Líbano, onde o exército israelense lançou em 23 de setembro uma ofensiva aérea, reforçada por operações terrestres uma semana depois.
Nos últimos meses, outros comandantes do Hezbollah, uma formação apoiada pelo Irã, foram mortos.
Israel afirmou há meses que havia matado Mohammed Deif, o chefe militar do Hamas, embora o movimento islamista palestino não tenha confirmado a informação. Deif foi acusado de planejar, junto com Sinwar, o ataque de 7 de outubro.
A morte de Sinwar pode ser um golpe muito duro para o Hamas, já fortemente debilitado após mais de um ano de guerra em Gaza.
Guerra em várias frentes
Guerra em várias frentes
A confirmação da morte de Sinwar ocorre em um contexto explosivo no Oriente Médio, onde Israel tem várias frentes abertas desde os letais ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, quando milicianos islamistas mataram 1.206 pessoas em território israelense, em sua maioria civis, e capturaram 251 reféns.
Pelo menos 42.438 palestinos, também em sua maioria civis, morreram na ofensiva de retaliação israelense em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do território, considerados confiáveis pela ONU.
Após esses ataques, Netanyahu prometeu esmagar o Hamas e trazer os reféns de volta para casa.
Desde então, Israel ampliou o alcance de suas operações para o Líbano, onde o Hezbollah, aliado do Hamas, abriu uma frente com ataques que forçaram dezenas de milhares de israelenses a fugir de suas casas.
Nesta quinta-feira, o exército israelense bombardeou a cidade costeira de Tiro, segundo imagens da AFPTV, após Israel emitir um chamado para evacuar a área. Pouco antes, bombardeou a cidade síria de Latakia, em um ataque que visava destruir um alvo do Hezbollah.
Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, realizaram vários ataques com bombardeiros B-2 contra instalações subterrâneas no Iêmen, controladas pelos rebeldes huthis para armazenar armamento.
Pelo menos 42.438 palestinos, também em sua maioria civis, morreram na ofensiva de retaliação israelense em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do território, considerados confiáveis pela ONU.
Após esses ataques, Netanyahu prometeu esmagar o Hamas e trazer os reféns de volta para casa.
Desde então, Israel ampliou o alcance de suas operações para o Líbano, onde o Hezbollah, aliado do Hamas, abriu uma frente com ataques que forçaram dezenas de milhares de israelenses a fugir de suas casas.
Nesta quinta-feira, o exército israelense bombardeou a cidade costeira de Tiro, segundo imagens da AFPTV, após Israel emitir um chamado para evacuar a área. Pouco antes, bombardeou a cidade síria de Latakia, em um ataque que visava destruir um alvo do Hezbollah.
Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, realizaram vários ataques com bombardeiros B-2 contra instalações subterrâneas no Iêmen, controladas pelos rebeldes huthis para armazenar armamento.
Um ataque 'doloroso'
O chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hosein Salami, também advertiu nesta quinta-feira que seu país responderá com um ataque "doloroso", caso haja retaliação israelense pelos mísseis lançados em 1º de outubro por Teerã.
Em uma visita incomum ao Egito, o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, conversou com o presidente egípcio Abdel Fatah al Sisi sobre o perigo de um conflito regional.
As forças israelenses realizam há uma semana bombardeios e operações terrestres no norte de Gaza e na área de Jabaliya, onde afirmam que o Hamas está tentando reagrupar suas forças.
Além das duras condições humanitárias e da devastação do território palestino, a guerra impactou drasticamente a economia. Quase toda a população de Gaza "vive na pobreza", alertou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em um relatório.
As forças israelenses realizam há uma semana bombardeios e operações terrestres no norte de Gaza e na área de Jabaliya, onde afirmam que o Hamas está tentando reagrupar suas forças.
Além das duras condições humanitárias e da devastação do território palestino, a guerra impactou drasticamente a economia. Quase toda a população de Gaza "vive na pobreza", alertou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em um relatório.
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