Publicado 20/10/2024 12:22 | Atualizado 20/10/2024 12:23
Após uma segunda noite de apagão quase total, Cuba corre contra o tempo neste domingo (20), para se preparar para a chegada iminente do furacão Oscar no leste da ilha.
O Oscar se move pelo Caribe na direção oeste-sudoeste a cerca de 19 km/h, com ventos de até 130 km/h. Às 12h GMT (9h no horário de Brasília) estava a cerca de 185 km de Guantánamo, segundo o último relatório do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).
O alerta de furacão continua em vigor para o sudeste das Bahamas e para a costa norte das províncias cubanas de Holguín e Guantánamo, no leste.
Oscar chega a Cuba em plena crise energética, que passou a segunda noite sem luz devido a uma pane, na sexta-feira (18), na principal termelétrica do país, Antonio Guiteras, localizada em Matanzas, no oeste.
PublicidadeO Oscar se move pelo Caribe na direção oeste-sudoeste a cerca de 19 km/h, com ventos de até 130 km/h. Às 12h GMT (9h no horário de Brasília) estava a cerca de 185 km de Guantánamo, segundo o último relatório do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).
O alerta de furacão continua em vigor para o sudeste das Bahamas e para a costa norte das províncias cubanas de Holguín e Guantánamo, no leste.
Oscar chega a Cuba em plena crise energética, que passou a segunda noite sem luz devido a uma pane, na sexta-feira (18), na principal termelétrica do país, Antonio Guiteras, localizada em Matanzas, no oeste.
O presidente Miguel Díaz Canel disse no sábado na rede X que "trabalhos estavam em andamento para proteger as pessoas e os recursos econômicos, dada a iminência do furacão Oscar".
"A situação energética" da ilha também está sendo discutida, acrescentou.
"A situação energética" da ilha também está sendo discutida, acrescentou.
Dificuldade atrás de dificuldade
"Este apagão dificultou muito a vida dos cubanos. A situação é muito difícil, mas tento manter a calma, porque já existe muito estresse neste país", disse à AFP Yaima Valladares, uma dançarina de 28 anos.
A dona de casa Isabel Rodríguez, 72 anos, reclama de não conseguir dormir. "Como é que as nossas vidas não serão afetadas, se não tivermos nada, nem mesmo os motores hidráulicos podem ligar", disse ela.
Apenas hotéis, hospitais e algumas residências particulares que possuem geradores próprios tinham eletricidade.
"As pessoas estão um pouco chateadas por ficarem tanto tempo sem energia e só Deus sabe quando vão religar", disse Rafael Carrillo, mecânico de 41 anos, que disse ter caminhado quase cinco quilômetros por falta de transporte.
"Você fica quatro ou cinco horas esperando o ônibus, quando chega está lotado e não para", diz ele, cansado, diante da quase ausência de transporte público.
Na quinta-feira (17), Díaz-Canel disse que a crise se deve à dificuldade de aquisição do combustível necessário ao sistema elétrico, devido ao embargo que Washington aplica à ilha desde 1962.
Nesse mesmo dia, o governo anunciou a paralisação dos trabalhos em estatais para enfrentar a crise que nas últimas semanas deixou a população de várias províncias sem energia elétrica até 20 horas por dia.
Os cubanos sofrem há três meses com apagões prolongados, com um déficit de até 30% na cobertura nacional. Na quinta, um dia antes do apagão total, chegou a 50%.
A dona de casa Isabel Rodríguez, 72 anos, reclama de não conseguir dormir. "Como é que as nossas vidas não serão afetadas, se não tivermos nada, nem mesmo os motores hidráulicos podem ligar", disse ela.
Apenas hotéis, hospitais e algumas residências particulares que possuem geradores próprios tinham eletricidade.
"As pessoas estão um pouco chateadas por ficarem tanto tempo sem energia e só Deus sabe quando vão religar", disse Rafael Carrillo, mecânico de 41 anos, que disse ter caminhado quase cinco quilômetros por falta de transporte.
"Você fica quatro ou cinco horas esperando o ônibus, quando chega está lotado e não para", diz ele, cansado, diante da quase ausência de transporte público.
Na quinta-feira (17), Díaz-Canel disse que a crise se deve à dificuldade de aquisição do combustível necessário ao sistema elétrico, devido ao embargo que Washington aplica à ilha desde 1962.
Nesse mesmo dia, o governo anunciou a paralisação dos trabalhos em estatais para enfrentar a crise que nas últimas semanas deixou a população de várias províncias sem energia elétrica até 20 horas por dia.
Os cubanos sofrem há três meses com apagões prolongados, com um déficit de até 30% na cobertura nacional. Na quinta, um dia antes do apagão total, chegou a 50%.
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