Venezuela evitou se pronunciar sobre os apelos de Lula por transparência na apuração dos votos da reeleição de MaduroMarcelo Camargo/Agência Brasil
Publicado 25/10/2024 16:23
O veto do Brasil à entrada da Venezuela no Brics foi a gota d'água que rompeu uma relação histórica: Caracas denuncia uma "agressão", enquanto Brasília fala em "quebra de confiança", após a contestada reeleição de Nicolás Maduro, que não é reconhecida, mas também não é condenada. O futuro bilateral se apresenta como "sombrio", concordam analistas.
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A Venezuela evitou se pronunciar publicamente sobre os apelos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por maior transparência na apuração dos votos das eleições de 28 de julho, que a oposição classificou como fraudulentas e nas quais reivindicou vitória; a situação, no entanto, se agravou após o bloqueio do Brasil às aspirações de Caracas de ingressar no bloco.
É "uma agressão", "um gesto hostil", "inexplicável e imoral", denunciou em um comunicado que não se dirige diretamente a Lula, mas apenas ao Itamaraty.
A Venezuela insiste em que contava com o "apoio e respaldo dos países participantes desta cúpula para a formalização de sua entrada" no Brics. O Brasil foi o obstáculo.
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