Publicado 25/10/2024 20:29 | Atualizado 25/10/2024 20:33
O movimento islamista palestino Hamas acusou o exército israelense, nesta sexta-feira (25), de ter invadido o último hospital em funcionamento no norte da Faixa de Gaza, causando as mortes de duas crianças, e de novos bombardeios que deixaram pelo menos 38 mortos.
Após mais de um ano de guerra entre Israel e o grupo islamista, o norte de Gaza vive suas "horas mais sombrias", alertou o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.
As forças israelenses "estão revistando" o hospital Kamal Adwan e "disparando dentro" dos quartos, declarou o Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas.
"Duas crianças morreram na unidade de terapia intensiva depois que os geradores do hospital falharam e a estação de oxigênio foi atacada", indicou o ministério.
Anteriormente, ele havia afirmado que o exército estava "retendo centenas de pacientes, profissionais de saúde e pessoas deslocadas" que se refugiaram no complexo, em Jabaliya.
O exército israelense disse à AFP que estava "verificando" esses relatos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou sua preocupação por ter perdido o contato com o hospital.
Israel desencadeou em 6 de outubro uma operação no já devastado norte de Gaza, indicando que havia detectado "a presença de terroristas e suas infraestruturas" em torno de Jabaliya.
A Defesa Civil de Gaza havia reportado anteriormente as mortes de pelo menos 38 pessoas devido aos bombardeios israelenses durante o dia.
Segundo essa fonte, pelo menos 12 morreram enquanto esperavam ajuda humanitária no oeste da Cidade de Gaza, onde dezenas de milhares de pessoas fugiram para escapar dos combates ao norte; seis morreram em outros bombardeios nesta mesma cidade e outras 20 em Khan Yunis, no sul.
O exército israelense anunciou a morte de três soldados no setor, elevando a 361 suas baixas desde que entrou em Gaza no fim de outubro de 2023.
Perspectiva de negociações
PublicidadeApós mais de um ano de guerra entre Israel e o grupo islamista, o norte de Gaza vive suas "horas mais sombrias", alertou o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.
As forças israelenses "estão revistando" o hospital Kamal Adwan e "disparando dentro" dos quartos, declarou o Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas.
"Duas crianças morreram na unidade de terapia intensiva depois que os geradores do hospital falharam e a estação de oxigênio foi atacada", indicou o ministério.
Anteriormente, ele havia afirmado que o exército estava "retendo centenas de pacientes, profissionais de saúde e pessoas deslocadas" que se refugiaram no complexo, em Jabaliya.
O exército israelense disse à AFP que estava "verificando" esses relatos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou sua preocupação por ter perdido o contato com o hospital.
Israel desencadeou em 6 de outubro uma operação no já devastado norte de Gaza, indicando que havia detectado "a presença de terroristas e suas infraestruturas" em torno de Jabaliya.
A Defesa Civil de Gaza havia reportado anteriormente as mortes de pelo menos 38 pessoas devido aos bombardeios israelenses durante o dia.
Segundo essa fonte, pelo menos 12 morreram enquanto esperavam ajuda humanitária no oeste da Cidade de Gaza, onde dezenas de milhares de pessoas fugiram para escapar dos combates ao norte; seis morreram em outros bombardeios nesta mesma cidade e outras 20 em Khan Yunis, no sul.
O exército israelense anunciou a morte de três soldados no setor, elevando a 361 suas baixas desde que entrou em Gaza no fim de outubro de 2023.
Perspectiva de negociações
A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes de milicianos islamitas palestinos no sul de Israel em 7 de outubro de 2023. Em virtude deste ataque, 1.206 pessoas morreram, a maioria civis, e 251 foram feitas reféns, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais israelenses.
Dos 251 sequestrados, 97 seguem em cativeiro em Gaza, incluindo 34 que foram declarados mortos pelo exército.
Em resposta ao ataque, Israel lançou uma ofensiva contra o Hamas em Gaza, que matou pelo menos 42.847 palestinos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do território, considerados confiáveis pela ONU.
Após a morte do dirigente do Hamas, Yahya Sinwar, assassinado por soldados israelenses em 16 de outubro, em Gaza, surgiram indícios de uma possibilidade de novas negociações indiretas para um cessar-fogo.
O chefe do Mossad - serviço de Inteligência externa israelense -, David Barnea, vai se reunir no domingo, no Catar, com seu colega da CIA - agência de Inteligência americana -, Bill Burns, e com o primeiro-ministro catari.
O Hamas se mostrou disposto "ao cessar das hostilidades", condicionado ao "compromisso" de Israel com um cessar-fogo, sua "retirada" de Gaza e um acordo de troca de reféns israelenses por presos palestinos. Essas condições foram rejeitadas por Israel em negociações indiretas anteriores, todas infrutíferas, sob a égide de Catar, Estados Unidos e Egito.
Novos bombardeios em Beirute
Dos 251 sequestrados, 97 seguem em cativeiro em Gaza, incluindo 34 que foram declarados mortos pelo exército.
Em resposta ao ataque, Israel lançou uma ofensiva contra o Hamas em Gaza, que matou pelo menos 42.847 palestinos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do território, considerados confiáveis pela ONU.
Após a morte do dirigente do Hamas, Yahya Sinwar, assassinado por soldados israelenses em 16 de outubro, em Gaza, surgiram indícios de uma possibilidade de novas negociações indiretas para um cessar-fogo.
O chefe do Mossad - serviço de Inteligência externa israelense -, David Barnea, vai se reunir no domingo, no Catar, com seu colega da CIA - agência de Inteligência americana -, Bill Burns, e com o primeiro-ministro catari.
O Hamas se mostrou disposto "ao cessar das hostilidades", condicionado ao "compromisso" de Israel com um cessar-fogo, sua "retirada" de Gaza e um acordo de troca de reféns israelenses por presos palestinos. Essas condições foram rejeitadas por Israel em negociações indiretas anteriores, todas infrutíferas, sob a égide de Catar, Estados Unidos e Egito.
Novos bombardeios em Beirute
Após quase um ano de confrontos transfronteiriços entre Israel e o movimento islamista libanês Hezbollah, aliado do Hamas, o exército israelense intensificou seus bombardeios no Líbano em 23 de setembro e uma semana depois lançou uma ofensiva terrestre.
O objetivo, segundo as autoridades israelenses, é permitir a volta ao norte do país de aproximadamente 60.000 deslocados pelo disparo de foguetes do Hezbollah.
O exército israelense voltou a bombardear, na noite desta sexta-feira, os subúrbios do sul de Beirute, um dos redutos do Hezbollah, depois de instar a população a evacuar a área, informou a agência nacional de notícias libanesa (NNA).
Imagens captadas pela AFPTV mostram colunas de fumaça cobrindo os subúrbios do sul da capital libanesa e correspondentes da AFP ouviram várias explosões.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, acusou Israel de "crime de guerra" pela morte de três jornalistas em um bombardeio contra uma residência em Hasbaya, cidade do sul do Líbano que até então não havia sido atingida pelos ataques.
"O incidente está sendo analisado", informou o exército israelense.
Um cinegrafista e um técnico da emissora pró-iraniana Al Mayadeen, além de um jornalista do canal do Hezbollah, Al Manar, morreram.
No sul do Líbano, o exército israelense anunciou dez baixas em dois dias, elevando a 32 o número de militares israelenses mortos desde que começaram suas operações terrestres em 30 de setembro, segundo um balanço da AFP.
Uma bateria de foguetes lançada pelo Hezbollah matou, nesta sexta-feira, duas pessoas em um supermercado em uma localidade árabe no norte de Israel, anunciaram o exército e um hospital israelense.
Após concluir sua mais recente visita ao Oriente Médio, Antony Blinken afirmou que é "realmente urgente" chegar a uma "solução diplomática" no Líbano.
Pelo menos 1.580 pessoas morreram no Líbano desde 23 de setembro, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais. Autoridades libanesas informaram hoje que registraram a passagem de mais de 500.000 pessoas do Líbano para a Síria desde então. Segundo a ONU, o conflito já provocou o deslocamento de 800.000 pessoas.
O objetivo, segundo as autoridades israelenses, é permitir a volta ao norte do país de aproximadamente 60.000 deslocados pelo disparo de foguetes do Hezbollah.
O exército israelense voltou a bombardear, na noite desta sexta-feira, os subúrbios do sul de Beirute, um dos redutos do Hezbollah, depois de instar a população a evacuar a área, informou a agência nacional de notícias libanesa (NNA).
Imagens captadas pela AFPTV mostram colunas de fumaça cobrindo os subúrbios do sul da capital libanesa e correspondentes da AFP ouviram várias explosões.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, acusou Israel de "crime de guerra" pela morte de três jornalistas em um bombardeio contra uma residência em Hasbaya, cidade do sul do Líbano que até então não havia sido atingida pelos ataques.
"O incidente está sendo analisado", informou o exército israelense.
Um cinegrafista e um técnico da emissora pró-iraniana Al Mayadeen, além de um jornalista do canal do Hezbollah, Al Manar, morreram.
No sul do Líbano, o exército israelense anunciou dez baixas em dois dias, elevando a 32 o número de militares israelenses mortos desde que começaram suas operações terrestres em 30 de setembro, segundo um balanço da AFP.
Uma bateria de foguetes lançada pelo Hezbollah matou, nesta sexta-feira, duas pessoas em um supermercado em uma localidade árabe no norte de Israel, anunciaram o exército e um hospital israelense.
Após concluir sua mais recente visita ao Oriente Médio, Antony Blinken afirmou que é "realmente urgente" chegar a uma "solução diplomática" no Líbano.
Pelo menos 1.580 pessoas morreram no Líbano desde 23 de setembro, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais. Autoridades libanesas informaram hoje que registraram a passagem de mais de 500.000 pessoas do Líbano para a Síria desde então. Segundo a ONU, o conflito já provocou o deslocamento de 800.000 pessoas.
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