Presidente russo, Vladimir PutinAlexei Danichev / POOL / AFP
Publicado 28/10/2024 13:04
A Otan e a Comissão Europeia — o braço Executivo da UE — concordaram em denunciar, nesta segunda-feira (28), a "ameaça" de segurança que representa o envio de soldados norte-coreanos ao território russo.
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Em uma mensagem na rede social X, a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, afirmou que a presença de tropas norte-coreanas na Rússia é uma "grave escalada" no conflito com a Ucrânia e representa uma "ameaça à paz global".
De acordo com Von der Leyen, "a segurança da Europa e do Leste asiático estão interligadas".
Por sua vez, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, disse que a situação representa uma "ameaça para a segurança da região do Indo-Pacífico e Euro-Atlântica".
Para o chefe da aliança militar, a presença norte-coreana em Kursk também é um "sinal do crescente desespero de Putin".
Rutte participou nesta segunda-feira de uma reunião do Conselho do Atlântico Norte (máxima instância da aliança), na sede da Otan, em Bruxelas, para tratar do assunto.
A Otan recebeu informações fornecidas por representantes do governo da Coreia do Sul sobre o envio de tropas norte-coreanas ao território russo e a possibilidade de que esses efetivos participem da ofensiva contra a Ucrânia.
"Posso confirmar que tropas norte-coreanas foram enviadas para a Rússia e que unidades militares norte-coreanas estão mobilizadas na região de Kursk, garantiu Rutte.
Em troca do envio de tropas, disse, a Rússia "está fornecendo à Coreia do Norte tecnologia militar e outro tipo de apoio para contornar as sanções internacionais".
Toda esta situação, afirma Rutte, constitui "uma perigosa expansão da guerra da Rússia" na Ucrânia.
"A Otan pede à Rússia e à RPDC [Coreia do Norte] que cessem essas ações imediatamente", concluiu.
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