Publicado 29/10/2024 14:30
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) é essencial para ajudar a manter os habitantes de Gaza vivos, considerou nesta terça-feira (29) o porta-voz desta organização, alvo de uma proibição pelo Parlamento israelense.
"A UNRWA é insubstituível. É essencial. Isso é um fato, independentemente da legislação aprovada ontem", disse Jonathan Fowler, porta-voz da agência em Jerusalém Oriental, em entrevista à AFP.
Apesar da oposição dos Estados Unidos e de uma advertência do Conselho de Segurança da ONU, o Parlamento aprovou por esmagadora maioria (92 votos a favor e 10 contra) a proibição das "atividades da UNRWA em território israelense", incluindo Jerusalém Oriental, setor anexado por Israel.
A agência fornece ajuda e assistência essenciais aos refugiados palestinos há mais de 70 anos, mas enfrenta duras críticas por parte das autoridades de Israel.
São cerca de 18.000 funcionários entre a Cisjordânia ocupada e Gaza, incluindo 13.000 professores e 1.500 profissionais de saúde. Fowler disse que a UNRWA espera que a decisão seja revogada.
"Cabe à comunidade internacional e às autoridades israelenses, como membros da comunidade internacional, dizer qual é o plano B" caso a decisão seja implementada em três meses, conforme anunciado pelo Parlamento, declarou.
Problema muito grave
Publicidade"A UNRWA é insubstituível. É essencial. Isso é um fato, independentemente da legislação aprovada ontem", disse Jonathan Fowler, porta-voz da agência em Jerusalém Oriental, em entrevista à AFP.
Apesar da oposição dos Estados Unidos e de uma advertência do Conselho de Segurança da ONU, o Parlamento aprovou por esmagadora maioria (92 votos a favor e 10 contra) a proibição das "atividades da UNRWA em território israelense", incluindo Jerusalém Oriental, setor anexado por Israel.
A agência fornece ajuda e assistência essenciais aos refugiados palestinos há mais de 70 anos, mas enfrenta duras críticas por parte das autoridades de Israel.
São cerca de 18.000 funcionários entre a Cisjordânia ocupada e Gaza, incluindo 13.000 professores e 1.500 profissionais de saúde. Fowler disse que a UNRWA espera que a decisão seja revogada.
"Cabe à comunidade internacional e às autoridades israelenses, como membros da comunidade internacional, dizer qual é o plano B" caso a decisão seja implementada em três meses, conforme anunciado pelo Parlamento, declarou.
Problema muito grave
Diferentemente de outras agências da ONU que trabalham com parceiros externos — como escolas ou hospitais — para fornecer serviços financiados e coordenados, a UNRWA contrata seus próprios funcionários.
"Todo o sistema das Nações Unidas, bem como outros atores internacionais, dependem das redes logísticas da UNRWA e de sua equipe para tentar manter a população de Gaza viva. Nós somos a espinha dorsal", enfatizou Fowler.
Um segundo texto votado na segunda-feira proíbe as autoridades israelenses de trabalharem com a agência e seus funcionários, o que deve perturbar consideravelmente as atividades da organização, visto que Israel controla rigorosamente toda a carga humanitária que entra em Gaza.
"Do ponto de vista da coordenação, isto representa um problema muito grave", reforçou o porta-voz.
Assim como outras agências, a UNRWA depende de contatos com o Exército israelense ou com a organização do Ministério da Defesa que administra os assuntos civis nos territórios palestinos (Cogat), para coordenar a entrada de mercadorias em Gaza e a movimentação segura de seus funcionários.
"Em uma situação de guerra", como a de Gaza, "a capacidade de nos movimentarmos e fazermos nosso trabalho com relativa segurança pode ser seriamente prejudicada", completou.
O porta-voz também expressou sua preocupação com as consequências da decisão israelense. "É um golpe para o multilateralismo", afirmou, acrescentando que "não é o único lugar no mundo onde um governo pode querer se livrar de uma organização da ONU que considere inconveniente".
"Todo o sistema das Nações Unidas, bem como outros atores internacionais, dependem das redes logísticas da UNRWA e de sua equipe para tentar manter a população de Gaza viva. Nós somos a espinha dorsal", enfatizou Fowler.
Um segundo texto votado na segunda-feira proíbe as autoridades israelenses de trabalharem com a agência e seus funcionários, o que deve perturbar consideravelmente as atividades da organização, visto que Israel controla rigorosamente toda a carga humanitária que entra em Gaza.
"Do ponto de vista da coordenação, isto representa um problema muito grave", reforçou o porta-voz.
Assim como outras agências, a UNRWA depende de contatos com o Exército israelense ou com a organização do Ministério da Defesa que administra os assuntos civis nos territórios palestinos (Cogat), para coordenar a entrada de mercadorias em Gaza e a movimentação segura de seus funcionários.
"Em uma situação de guerra", como a de Gaza, "a capacidade de nos movimentarmos e fazermos nosso trabalho com relativa segurança pode ser seriamente prejudicada", completou.
O porta-voz também expressou sua preocupação com as consequências da decisão israelense. "É um golpe para o multilateralismo", afirmou, acrescentando que "não é o único lugar no mundo onde um governo pode querer se livrar de uma organização da ONU que considere inconveniente".
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