Publicado 07/11/2024 16:14 | Atualizado 07/11/2024 16:22
O Ministério Público venezuelano solicitou a emissão de um alerta vermelho à Interpol contra o opositor Edmundo González Urrutia, adversário do presidente Nicolás Maduro nas contestadas eleições de 28 de julho.
PublicidadeO MP solicitou que fosse processado um "pedido de alerta vermelha contra o cidadão Edmundo González Urrutia", de acordo com um documento datado de 26 de outubro e enviado à Interpol.
A requisição começou a circular mais cedo em veículos de imprensa e redes sociais. O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, confirmou à AFP a veracidade do documento, que foi qualificado por González Urrutia como um "novo e sistemático ataque” contra ele.
"É evidente que esse novo e sistemático ataque se deve ao nosso trabalho no exterior", disse González Urrutia, exilado na Espanha, em uma mensagem no X (anteriormente Twitter), acompanhada de uma cópia do documento.
De acordo com o texto, o MP solicitou uma ordem de captura internacional pelos crimes de "usurpação de funções, falsificação de documento público, incitação à desobediência das leis, associação criminosa" e outros.
Trata-se das mesmas acusações pelas quais foi emitida uma ordem de prisão nacional, a qual o levou a se exilar, segundo ele "sob coação", na Espanha, em 8 de setembro. A defesa do opositor esperava que o caso fosse arquivado.
González Urrutia reivindica vitória nas eleições presidenciais de julho, nas quais a autoridade eleitoral declarou Maduro vencedor para um terceiro mandato de seis anos (2025-2031), mas sem mostrar os detalhes da apuração.
O MP também abriu uma investigação contra a líder opositora María Corina Machado, que passou à clandestinidade pouco depois de denunciar fraude nas eleições. Ela é acusada de "forjar" as atas de votação que sua equipe divulgou em um site, as quais alegam ser prova de sua vitória no pleito.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.