Publicado 11/11/2024 14:26
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou "situação de desastre" em nível nacional devido às chuvas torrenciais que geraram inundações em várias regiões do país, além de uma seca que tem levado Bogotá a racionamentos de água.
Publicidade"Declara-se a situação de desastre em todo o país em virtude da variabilidade climática, geradora de impactos imprevisíveis e incomuns, aumentando a vulnerabilidade nos territórios", afirmou o mandatário de esquerda em coletiva de imprensa neste domingo,10.
Petro falou ao término de uma reunião com autoridades de gestão de riscos para analisar a situação das chuvas que, especialmente no norte do país, afetaram dezenas de milhares de pessoas.
Um comunicado da Unidade Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (UGRD), divulgado no domingo, informa que as chuvas torrenciais registradas durante este fim de semana causaram danos em 27 dos 32 departamentos do país.
O boletim não menciona se há mortos ou feridos, mas a mídia local informou no domingo que uma mulher morreu ao ser arrastada por uma avalanche no departamento de Santander (norte).
Os departamentos que mais registraram emergências devido às chuvas foram La Guajira, Norte de Santander (norte), Chocó (noroeste), Huila e Cauca (sudoeste).
As principais afetações ocorreram no departamento de Chocó, o mais pobre do país. Lá, cerca de 30.000 famílias ficaram desabrigadas. Além disso, mais de 4.000 casas, 18 escolas e quase 1.500 hectares de plantações foram afetados, segundo o relatório.
No sábado, Petro anunciou através de sua conta na rede social X (antigo Twitter) que, devido ao "colapso climático" em Chocó, cancelaria sua viagem ao Azerbaijão, que, desde a madrugada desta segunda-feira, 11 (no fuso de Brasília) e até o dia 22 de novembro, sediará a conferência da Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre mudança climática, a COP29.
No domingo, Petro afirmou que, embora a declaração de desastre seja em nível nacional, os esforços se concentrarão principalmente em La Guajira, Chocó e na capital Bogotá, que desde abril enfrenta racionamentos de água devido à seca nos reservatórios que a abastecem, um fenômeno que Petro atribui a uma "urbanização desenfreada".
"Muitas coisas estão se juntando em nosso território para gerar essas precipitações que temos experimentado", afirmou no domingo à Caracol Radio a diretora do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam), Ghislaine Echeverry.
A oscilação intraestacional de Madden-Julian e a depressão monçônica, um cinturão de baixa pressão atmosférica, são dois fatores que estão gerando as intensas chuvas, assegurou.
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