Publicado 11/11/2024 13:33
O presidente de Governo espanhol, Pedro Sánchez, afirmou nesta segunda-feira (11) que o "debate político" sobre as possíveis responsabilidades pela gestão das mortais inundações de 29 de outubro virá após a reconstrução, para a qual anunciou novas ajudas milionárias.
Cerca de 130.000 pessoas se manifestaram no sábado na cidade de Valência (leste), onde muitos pediram a renúncia do presidente do governo regional, o conservador Carlos Mazón, mas também não economizaram críticas ao governo central do socialista Pedro Sánchez.
"O Governo está no que precisa estar. E no que precisa estar é em reconstruir a partir dessa tragédia e relançar a atividade econômica e social", afirmou Sánchez nesta segunda-feira, após a reunião do conselho de ministros.
"Posteriormente, virá o debate político sobre o que temos que melhorar diante dessa emergência climática e, sem dúvida alguma, sobre a assunção de responsabilidades políticas, que (...) terão que ser materializadas", acrescentou.
"A lição é que estamos diante de uma emergência climática que exigirá o melhor de todos nós", continuou Sánchez, que pediu para "escutar e aprender com a ciência, não desmerecê-la, e fortalecer os serviços públicos para dar uma resposta eficaz e equitativa diante de catástrofes naturais".
Desde as destrutivas inundações que deixaram 222 mortos, segundo o último balanço divulgado pelo governo, as críticas das vítimas apontam especialmente para o chefe do governo regional, Carlos Mazón, a quem acusam de ter demorado a reagir, apesar de a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet) ter emitido um alerta vermelho na manhã de 29 de outubro.
Na Espanha, um país muito descentralizado, a gestão das catástrofes depende das administrações regionais, mas o governo central, que se encarrega de emitir os alertas por meio da Aemet, pode facilitar recursos e até assumir o comando em casos extremos.
"Erros"
PublicidadeCerca de 130.000 pessoas se manifestaram no sábado na cidade de Valência (leste), onde muitos pediram a renúncia do presidente do governo regional, o conservador Carlos Mazón, mas também não economizaram críticas ao governo central do socialista Pedro Sánchez.
"O Governo está no que precisa estar. E no que precisa estar é em reconstruir a partir dessa tragédia e relançar a atividade econômica e social", afirmou Sánchez nesta segunda-feira, após a reunião do conselho de ministros.
"Posteriormente, virá o debate político sobre o que temos que melhorar diante dessa emergência climática e, sem dúvida alguma, sobre a assunção de responsabilidades políticas, que (...) terão que ser materializadas", acrescentou.
"A lição é que estamos diante de uma emergência climática que exigirá o melhor de todos nós", continuou Sánchez, que pediu para "escutar e aprender com a ciência, não desmerecê-la, e fortalecer os serviços públicos para dar uma resposta eficaz e equitativa diante de catástrofes naturais".
Desde as destrutivas inundações que deixaram 222 mortos, segundo o último balanço divulgado pelo governo, as críticas das vítimas apontam especialmente para o chefe do governo regional, Carlos Mazón, a quem acusam de ter demorado a reagir, apesar de a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet) ter emitido um alerta vermelho na manhã de 29 de outubro.
Na Espanha, um país muito descentralizado, a gestão das catástrofes depende das administrações regionais, mas o governo central, que se encarrega de emitir os alertas por meio da Aemet, pode facilitar recursos e até assumir o comando em casos extremos.
"Erros"
O presidente do governo central também não escapou das críticas durante a manifestação de sábado em Valência, cuja região metropolitana sudoeste foi uma das áreas mais afetadas pela enchente.
Tanto Sánchez quanto Mazón faziam parte da comitiva que, junto aos Reis Felipe VI e Letizia, realizou uma visita tensa à área devastada no dia 3 de novembro. Em um ambiente de grande hostilidade, as autoridades receberam insultos e até lama durante seu percurso pela cidade de Paiporta, um dos epicentros da tragédia, da qual os presidentes espanhol e valenciano se ausentaram antes do final.
Mazón, que descarta renunciar, deverá comparecer na quinta-feira ao Parlamento regional valenciano para falar sobre a gestão da catástrofe.
"Acho que é preciso assumir que erros podem ter sido cometidos, sem dúvida, é preciso fazer isso com toda humildade", reconheceu Mazón (Partido Popular, direita) na segunda-feira, diante dos jornalistas.
"Todos os recursos necessários"
Tanto Sánchez quanto Mazón faziam parte da comitiva que, junto aos Reis Felipe VI e Letizia, realizou uma visita tensa à área devastada no dia 3 de novembro. Em um ambiente de grande hostilidade, as autoridades receberam insultos e até lama durante seu percurso pela cidade de Paiporta, um dos epicentros da tragédia, da qual os presidentes espanhol e valenciano se ausentaram antes do final.
Mazón, que descarta renunciar, deverá comparecer na quinta-feira ao Parlamento regional valenciano para falar sobre a gestão da catástrofe.
"Acho que é preciso assumir que erros podem ter sido cometidos, sem dúvida, é preciso fazer isso com toda humildade", reconheceu Mazón (Partido Popular, direita) na segunda-feira, diante dos jornalistas.
"Todos os recursos necessários"
Enquanto isso, o governo central anunciou 110 novas medidas de apoio aos afetados, com quase 3,8 bilhões de euros (R$ 23,5 bilhões) adicionais, em uma ajuda aprovada nesta segunda-feira durante o conselho de ministros.
"O governo da Espanha está e estará aí, com todos os recursos necessários e durante o tempo que for preciso (...), trabalhando para restabelecer a normalidade nas zonas afetadas por essa catástrofe natural", prometeu Sánchez.
O executivo já havia anunciado na semana passada um primeiro plano de ajuda de 10,6 bilhões de euros (R$ 65,7 bilhões) para enfrentar a catástrofe.
As medidas de apoio se estenderão a mais pessoas e bens, informou Sánchez, ao mesmo tempo em que os agricultores receberão novos apoios, no total de 200 milhões de euros (R$ 1,24 bilhão).
O primeiro pacote de assistência anunciado na semana passada incluí ajudas diretas e isenções para empresas e particulares, bem como para trabalhadores autônomos e famílias que sofreram mortes, incapacidades ou cujas residências e bens foram danificados.
Entre as medidas adotadas até agora, destaca-se também a suspensão dos pagamentos hipotecários ou um "plano de ação específico" para retirar a lama e os destroços, além da reparação das redes de saneamento, para o qual será destinado 500 milhões de euros (R$ 3,1 bilhões).
A linha de trem de alta velocidade entre Madri e Valência voltará a operar a partir de 14 de novembro, informou nesta segunda-feira a empresa ferroviária espanhola Renfe.
Nas áreas afetadas, no entanto, milhares de soldados, policiais, guardas civis e equipes de emergência continuam reparando as infraestruturas destruídas pela lama, distribuindo ajuda e ainda buscando dezenas de pessoas desaparecidas após o desastre.
"O governo da Espanha está e estará aí, com todos os recursos necessários e durante o tempo que for preciso (...), trabalhando para restabelecer a normalidade nas zonas afetadas por essa catástrofe natural", prometeu Sánchez.
O executivo já havia anunciado na semana passada um primeiro plano de ajuda de 10,6 bilhões de euros (R$ 65,7 bilhões) para enfrentar a catástrofe.
As medidas de apoio se estenderão a mais pessoas e bens, informou Sánchez, ao mesmo tempo em que os agricultores receberão novos apoios, no total de 200 milhões de euros (R$ 1,24 bilhão).
O primeiro pacote de assistência anunciado na semana passada incluí ajudas diretas e isenções para empresas e particulares, bem como para trabalhadores autônomos e famílias que sofreram mortes, incapacidades ou cujas residências e bens foram danificados.
Entre as medidas adotadas até agora, destaca-se também a suspensão dos pagamentos hipotecários ou um "plano de ação específico" para retirar a lama e os destroços, além da reparação das redes de saneamento, para o qual será destinado 500 milhões de euros (R$ 3,1 bilhões).
A linha de trem de alta velocidade entre Madri e Valência voltará a operar a partir de 14 de novembro, informou nesta segunda-feira a empresa ferroviária espanhola Renfe.
Nas áreas afetadas, no entanto, milhares de soldados, policiais, guardas civis e equipes de emergência continuam reparando as infraestruturas destruídas pela lama, distribuindo ajuda e ainda buscando dezenas de pessoas desaparecidas após o desastre.
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