OCDE registrou 6,5 milhões de novos migrantes permanentes em seus países membros em 2023, contra 6,1 milhões de 2022Reprodução / Herika Martinez / AFP
Publicado 14/11/2024 09:29
Pelo segundo ano consecutivo, os fluxos migratórios atingiram níveis recorde, "mas não estão fora de controle", segundo um relatório publicado nesta quinta-feira (14) pela OCDE, que registrou 6,5 milhões de novos migrantes permanentes em seus países membros em 2023, contra 6,1 milhões de 2022.
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Quase um terço dos 38 países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) registraram níveis recorde de migração no ano passado, em particular Reino Unido, Canadá, França, Japão e Suíça.
Grande parte do aumento se deve à migração familiar (+16%), mas os refugiados humanitários também aumentaram (+20%), segundo a organização.
O número de novos demandantes de asilo nos países da OCDE também bateu recorde, com 2,7 milhões de novos pedidos registrados em 2023 (+30%).
O aumento foi liderado pelos Estados Unidos, país que recebeu mais de um milhão de solicitações de asilo, superando pela primeira vez os países europeus da OCDE contabilizados juntos.
A maioria dos pedidos apresentados nos Estados Unidos procede de cidadãos venezuelanos (185.000, 34% a mais que no ano anterior), seguidos por colombianos (128.000, número que triplicou) e cubanos, com uma queda de 37% nos pedidos, depois de alcançar um nível recorde em décadas em 2022. Em quarto lugar ficaram nicaraguenses, com 91.000 pedidos de asilo, 174% a mais que no ano anterior.
As migrações por trabalho permaneceram estáveis. Porém, segundo o estudo, "a inserção dos imigrantes no mercado de trabalho continua alcançando níveis jamais registrados".
"A tendência de alta pós-pandêmica do emprego dos imigrantes prosseguiu em 2023. A OCDE registrou de maneira global níveis de emprego historicamente elevados e níveis de desemprego reduzidos, de 71,8% e 7,3%, respectivamente", acrescentou a organização.
Dez países, incluindo Canadá, Reino Unido e Estados Unidos, assim como o conjunto dos 27 membros da UE, registraram "as taxas de emprego de imigrantes mais elevadas" da série histórica.
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