Publicado 15/11/2024 13:30
O Produto Interno Bruto (PIB) das 20 nações que compõem a zona do euro deve crescer 1,3% no próximo ano, projeta a Comissão Europeia em novas estimativas para o bloco divulgadas nesta sexta-feira. Anteriormente, a comissão previa um avanço de 1,4% para a economia da zona do euro no ano que vem. A revisão deve-se ao eventual aumento da disputa comercial, caso os exportadores enfrentem tarifas mais elevadas dos Estados Unidos. O presidente eleito Donald Trump ameaçou impor tarifas de 10% sobre produtos europeus importados para os EUA, para, segundo ele, proteger os fabricantes americanos e os empregos na indústria.
Para este ano, a economia da região deve crescer 0,8%, projeta a comissão em previsão inalterada.
De acordo com as estimativas da comissão, que é o braço executivo da União Europeia, todas as principais economias da zona do euro devem ter crescimento estável no ano que vem, apesar dos desafios políticos e fiscais na França e de uma provável desaceleração este ano na Alemanha. A Espanha deve superar seus pares, expandindo 3% este ano e 2,3% em 2025, de acordo com as previsões. "Após um período prolongado de estagnação, a economia da UE está retornando a um crescimento modesto", disse a comissão.
As projeções moderadas para a região contrastam com as dos Estados Unidos, onde o Federal Reserve ainda espera um crescimento de cerca de 2% este ano e nos três seguintes.
Um cenário comercial desaquecido, entretanto, representa um grande obstáculo para a recuperação econômica da zona do euro, disse a comissão. "Um aumento adicional nas medidas protecionistas por parceiros comerciais pode prejudicar o comércio global, pesando sobre a economia altamente aberta da UE", observou a comissão no relatório.
Os efeitos adversos das mudanças climáticas também ameaçam a Europa, destacou a comissão, citando as recentes inundações em regiões costeiras da Espanha. "Danos à infraestrutura nas regiões atingidas podem também ter repercussões mais amplas na cadeia produtiva além de suas fronteiras, enquanto interrupções na atividade econômica podem reacender pressões inflacionárias, em particular sobre alimentos", observou.
A inflação da zona do euro, nos últimos anos a principal preocupação dos formuladores de políticas europeias, deve ter uma média de 2,4% em 2024 e 2,1% em 2025, projetou o colegiado. A estimativa deste ano foi revisada para baixo, de 2,5% anteriormente, e a de 2025 foi mantida.
A comissão ponderou ainda que déficits ainda elevados e pagamentos maiores de juros manterão a relação dívida/PIB do bloco em alta. Ela alertou que o novo governo da França enfrenta uma questão difícil para reduzir seu déficit orçamentário, que opera bem acima do limite estabelecido pelas regras fiscais do bloco. Embora a Comissão Europeia tenha previsto que o déficit cairá para 5,2% no próximo ano, de 6,4% neste ano, projetou um aumento modesto em 2026, à medida que algumas medidas fiscais temporárias expiram. Também previu que o estoque total da dívida do governo aumentará acentuadamente nos próximos anos.
PublicidadePara este ano, a economia da região deve crescer 0,8%, projeta a comissão em previsão inalterada.
De acordo com as estimativas da comissão, que é o braço executivo da União Europeia, todas as principais economias da zona do euro devem ter crescimento estável no ano que vem, apesar dos desafios políticos e fiscais na França e de uma provável desaceleração este ano na Alemanha. A Espanha deve superar seus pares, expandindo 3% este ano e 2,3% em 2025, de acordo com as previsões. "Após um período prolongado de estagnação, a economia da UE está retornando a um crescimento modesto", disse a comissão.
As projeções moderadas para a região contrastam com as dos Estados Unidos, onde o Federal Reserve ainda espera um crescimento de cerca de 2% este ano e nos três seguintes.
Um cenário comercial desaquecido, entretanto, representa um grande obstáculo para a recuperação econômica da zona do euro, disse a comissão. "Um aumento adicional nas medidas protecionistas por parceiros comerciais pode prejudicar o comércio global, pesando sobre a economia altamente aberta da UE", observou a comissão no relatório.
Os efeitos adversos das mudanças climáticas também ameaçam a Europa, destacou a comissão, citando as recentes inundações em regiões costeiras da Espanha. "Danos à infraestrutura nas regiões atingidas podem também ter repercussões mais amplas na cadeia produtiva além de suas fronteiras, enquanto interrupções na atividade econômica podem reacender pressões inflacionárias, em particular sobre alimentos", observou.
A inflação da zona do euro, nos últimos anos a principal preocupação dos formuladores de políticas europeias, deve ter uma média de 2,4% em 2024 e 2,1% em 2025, projetou o colegiado. A estimativa deste ano foi revisada para baixo, de 2,5% anteriormente, e a de 2025 foi mantida.
A comissão ponderou ainda que déficits ainda elevados e pagamentos maiores de juros manterão a relação dívida/PIB do bloco em alta. Ela alertou que o novo governo da França enfrenta uma questão difícil para reduzir seu déficit orçamentário, que opera bem acima do limite estabelecido pelas regras fiscais do bloco. Embora a Comissão Europeia tenha previsto que o déficit cairá para 5,2% no próximo ano, de 6,4% neste ano, projetou um aumento modesto em 2026, à medida que algumas medidas fiscais temporárias expiram. Também previu que o estoque total da dívida do governo aumentará acentuadamente nos próximos anos.
*Fonte: Dow Jones Newswires
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