Suspeita de 'sabotagem' após corte de dois cabos de telecomunicações no Báltico Divulgação / Cinia
Publicado 19/11/2024 19:10 | Atualizado 19/11/2024 19:12
Dois cabos de telecomunicações no Mar Báltico foram danificados em um intervalo de 48 horas, levantando suspeitas de sabotagem russa.
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O C-Lion1, um cabo submarino de 1.172 km que conecta a Finlândia e a Alemanha através do Báltico, foi rompido na segunda-feira, informou sua operadora, o grupo de tecnologia finlandês Cinia.
A polícia finlandesa está investigando o incidente, mas a Cinia disse que “esse tipo de ruptura não acontece nessas águas sem um impacto externo”.
Reunidos em Bruxelas na segunda-feira, os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, e da Finlândia, Elina Valtonen, evocaram a ameaça russa.
A segurança europeia está ameaçada não apenas pela guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, mas também por guerras híbridas travadas por atores maliciosos”, disseram.
O Arelion, outro cabo de telecomunicações que liga a Suécia à Lituânia, foi danificado no domingo, informou a subsidiária lituana da operadora sueca Telia na terça-feira.
“Podemos confirmar que a interrupção da internet não foi causada por falha no equipamento, mas por danos materiais ao cabo de fibra óptica”, disse a empresa.
O ministro da Defesa Civil da Suécia, Carl-Oskar Bohlin, disse que os incidentes estão sendo investigados.
“É essencial esclarecer as razões pelas quais dois cabos não estão funcionando no Mar Báltico”, disse ele à AFP em uma mensagem.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse nesta terça-feira que os danos foram, sem dúvida, causados por “sabotagem”. “Ninguém acredita que esses cabos tenham sido cortados por acidente”, disse ele.
As tensões no Mar Báltico aumentaram muito desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
Moscou vê o aumento da presença da Otan perto de suas fronteiras como uma provocação e uma ameaça à sua segurança.
Com a adesão da Suécia, após a da Finlândia, todos os países que fazem fronteira com o Mar Báltico, com exceção da Rússia, agora são membros da Aliança Atlântica.
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