Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, durante a Cúpula do G20 na reunião sobre Reforma da Governança GlobalRenan Areias / Agência O Dia
Publicado 25/11/2024 10:30 | Atualizado 25/11/2024 10:53
A África do Sul declarou estado de emergência por causa de uma onda de intoxicação alimentar que já matou 23 crianças e infectou cerca de 900 pessoas em todo o país, desde setembro. O presidente Cyril Ramaphosa realizou uma coletiva de imprensa e atribuiu o surto ao terbufós, um pesticida usado na agricultura para combater infestações de ratos que foi encontrado em comidas consumidas por algumas das vítimas.
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Em outras ocasiões, agentes da vigilância sanitária também localizaram aldicarbe, um inseticida perigoso para humanos e que foi banido do país em 2016, nos alimentos.
As declarações do mandatário, transmitidas em rede nacional na última quinta-feira (21), aconteceram um mês após seis crianças, todas com menos de 8 anos, morrerem minutos depois de comerem um lanche em Joanesburgo. Uma perícia identificou traços dos venenos restringidos pelo governo.
Outros episódios fatais aumentaram a tensão da população em relação ao problema. Em Kimberley, uma cidade na província do Cabo Norte, uma menina de 4 anos morreu depois de comer um pão em outubro. Já no estado do Cabo Oriental, uma garota de 9 anos faleceu após consumir um pacote de batatas fritas.
Nas comunidades mais pobres, onde o lixo não é regularmente recolhido, os empresários recorreram às toxinas para manter os vermes afastados, segundo o jornal "The New York Times". Inspetores da Secretaria de Agricultura e Comércio estão realizando fiscalizações em lojas, lanchonetes e mercados por todo o país.
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