O minério foi encontrado em uma mina no norte da Bahia em 2001Divulgação / AGU
Publicado 29/11/2024 11:48
Um juiz federal dos Estados Unidos determinou que a Esmeralda Bahia, estimada em um valor de até U$S 1 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões) e conhecida por ser "amaldiçoada", retorne ao Brasil, onde foi descoberta em 2001. Após décadas de debates sobre quem é o legítimo proprietário do minério, que pesa cerca de 380 kg, a sentença pode ser decisiva para iniciar o seu processo de devolução.
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"Estamos muito satisfeitos com a decisão da Justiça Federal, que abre caminho para que a esmeralda baiana seja enviada ao seu legítimo lar, o Brasil", disse John Nadolenco, advogado do escritório Mayer Brown, que representou o Brasil no caso, em comunicado. "Esperamos vê-lo exposto em um museu", concluiu. As informações foram publicadas pelo jornal "The New York Times" na última segunda-feira (25).
De acordo com o escritório, a esmeralda foi encontrado em uma mina brasileira no norte da Bahia em 2001 e extraída ilegalmente antes de ser contrabandeada para os Estados Unidos em 2005. O Ministério da Justiça do Brasil se manifestou sobre a gema apenas em 2011 e abriu uma investigação criminal.
Em 2015, o Departamento de Justiça americano entrou com uma ordem de restrição para manter o mineral seguro, no Gabinete do Xerife do Condado de Los Angeles. No entanto, desde então, ela passou a ser alvo de diversos litígios, com colecionadores e entusiastas alegando serem os donos legítimos da pedra.
A Esmeralda Bahia ganhou a fama de ser "amaldiçoada" por causa da imprensa americana, que divulgava histórias curiosas conforme ela mudava de posse. Assim que a pedra chegou aos Estados Unidos, ela foi colocada em um cofre em Nova York que passou dias submerso por causa das enchentes causadas pelo furacão Katrina.
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