Publicado 03/12/2024 11:09 | Atualizado 03/12/2024 12:20
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou lei marcial de emergência nesta terça-feira (3), com o objetivo de proteger o país das "forças comunistas", anunciou em um discurso.
Publicidade"Para salvaguardar uma Coreia do Sul liberal das ameaças representadas pelas forças comunistas da Coreia do Norte e eliminar elementos antiestatais... declaro lei marcial de emergência", disse Yoon em um discurso exibido ao vivo pela televisão.
“Sem nenhuma preocupação com a subsistência das pessoas, o partido de oposição paralisou o governo apenas por causa de julgamentos políticos, investigações especiais e para proteger seu líder da justiça”, acrescentou.
A medida surpreendente ocorre em um momento em que o Partido do Poder Popular de Yoon e o Partido Democrático, principal de oposição, continuam a discutir sobre o projeto de lei orçamentária do próximo ano.
Na semana passada, os deputados da oposição aprovaram um plano orçamentário significativamente reduzido por meio de um comitê parlamentar.
“Nosso Congresso Nacional tornou-se um refúgio para criminosos, um antro de ditadura legislativa que busca paralisar os sistemas judiciário e administrativo e derrubar nossa ordem democrática liberal”, disse Yoon.
Ele acusou os legisladores da oposição de cortar “todos os orçamentos essenciais para as funções essenciais do país, como o combate aos crimes relacionados às drogas e a manutenção da segurança pública, transformando o país em um paraíso das drogas e em um estado de caos na segurança pública”.
Yoon continuou descrevendo a oposição, que tem maioria no Parlamento de 300 membros, como “forças antiestatais que pretendem derrubar o regime” e chamou sua decisão de “inevitável”.
“Vou restaurar a normalidade no país, livrando-me das forças antiestatais o mais rápido possível”, enfatizou.
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