Desde o início do conflito, houve apenas uma trégua de uma semana, em novembro de 2023AFP
Publicado 08/12/2024 12:06
O Hamas pediu a vários movimentos palestinos em Gaza que elaborem uma lista dos reféns capturados em Israel durante o ataque de 7 de outubro de 2023, em preparação para um possível acordo de trégua, afirmaram fontes desses grupos à AFP neste domingo (8).

O Hamas pediu a grupos armados como a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) que reunissem informações sobre os reféns, se estão vivos ou mortos, informaram duas fontes que pediram anonimato e que pertencem a alguns desses grupos.

O objetivo é que os vários movimentos estejam prontos para concluir um acordo de trégua e um acordo para trocar reféns por prisioneiros palestinos mantidos em Israel, disseram as fontes.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque dos milicianos do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, no qual os combatentes sequestraram 251 pessoas, 96 das quais permanecem em Gaza. Dessas, 34 teriam sido mortas, segundo o Exército israelense.

Desde o início do conflito, houve apenas uma trégua de uma semana, em novembro de 2023, que resultou na libertação de 105 reféns e 240 prisioneiros palestinos detidos em Israel.
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Além disso, sete reféns foram resgatados pelo exército israelense.

Uma nova trégua, incluindo a libertação de reféns e prisioneiros, está sendo negociada há meses, sem sucesso até o momento.

No entanto, o primeiro-ministro do Catar disse no fim de semana que a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos poderia dar um "novo impulso" às negociações.

Mas sem liberdade de movimento entre o norte e o sul da Faixa de Gaza, “será difícil chegar a todos os grupos de prisioneiros, para saber os detalhes de quem está vivo ou morto”, afirmou uma fonte do Hamas ao ser questionada pela AFP.

“Se a ocupação [Israel] quiser libertar os prisioneiros, a solução está em parar a guerra”, acrescentou a fonte.

De acordo com a fonte, os contatos entre “mediadores do Catar, Egito e Turquia” se “intensificaram” nos últimos dias e “nos próximos dias” poderá acontecer uma nova rodada de negociações indiretas.
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