Publicado 23/12/2024 08:35
As montadoras japonesas Honda e Nissan concordaram nesta segunda-feira (23) com o início de negociações para uma fusão, em uma tentativa de recuperar o espaço perdido para a Tesla e os fabricantes chineses no mercado de veículos elétricos.
PublicidadeA operação criaria a terceira maior fabricante de automóveis do mundo e permitiria uma expansão do segmento de carros elétricos e veículos autônomos.
Os dois grupos, ao lado da Mitsubishi Motors, da qual a Nissan é a principal acionista, anunciaram que tentarão estabelecer uma "holding única" nas negociações.
As empresas, que mencionaram as "mudanças drásticas no ambiente que cerca os dois grupos e na indústria automobilística", anunciaram que planejam a cotação da 'holding' na Bolsa de Tóquio até agosto de 2026.
Honda e Nissan informaram que pretendem concluir o acordo de fusão em junho do próximo ano, mas o pacto provavelmente não implicará uma união entre iguais.
A Honda terá a prerrogativa de nomear o CEO do novo conglomerado, cujo conselho de administração será integrado majoritariamente por executivos desta empresa, segundo a declaração conjunta.
Honda e Nissan, número dois e três no mercado japonês de automóveis, enfrentam um cenário difícil com a demanda dos consumidores, condições exacerbadas pela concorrência acirrada.
O contexto é mais evidente para as marcas estrangeiras na China, onde montadoras locais de carros elétricos como a BYD estão em ascensão à medida que cresce a demanda por veículos menos poluentes.
No ano passado, a China superou o Japão como o maior exportador de carros, graças ao apoio estatal à indústria de veículos elétricos.
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