Publicado 27/12/2024 07:20
O presidente interino da Coreia do Sul, o primeiro-ministro Han Duck-soo, foi destituído nesta sexta-feira (27) pelo Parlamento, em mais um capítulo da crise política que começou com a tentativa frustrada de seu antecessor de decretar lei marcial.
A votação da moção de impeachment aconteceu em meio às vaias dos deputados do partido governista, que cantaram e levantaram os punhos em sinal de protesto.
"Dos 192 deputados que participaram da votação, 192 votaram pela destituição", anunciou o presidente do Parlamento, Woo Won-shik.
Esta é a primeira vez na história da Coreia do Sul que um presidente interino é alvo de impeachment. Han Duck-soo assumiu o cargo após o afastamento de seu antecessor, Yoon Suk Yeol, em 14 de dezembro.
Agora, o ministro das Finanças, Choi Sang-mok, assume a função de chefe de Estado interino do país.
Han Duck-soo afirmou em um comunicado "repeitar a decisão do Parlamento".
Os deputados o acusaram de ter "participado ativamente na insurreição", depois que seu antecessor declarou lei marcial por algumas horas em 3 de dezembro.
Em uma disputa com a oposição pelos orçamentos do Estado, e alegando um suposto conluio dos opositores com a Coreia do Norte, Yoon Suk Yeol surpreendeu o país e o mundo na noite de 3 de dezembro ao declarar lei marcial e enviar o exército ao Parlamento.
Os deputados conseguiram, no entanto, se reunir em uma sessão na mesma noite, depois que superaram o cordão de isolamento militar, e derrubaram a lei marcial com uma votação.
No dia 14 de dezembro, em outra votação, aprovaram o impeachment do presidente. Agora, a decisão está nas mãos da Corte Constitucional, que deve validar ou invalidar o afastamento de Yoon em um prazo de seis meses.
Disputa na Corte Constitucional
PublicidadeA votação da moção de impeachment aconteceu em meio às vaias dos deputados do partido governista, que cantaram e levantaram os punhos em sinal de protesto.
"Dos 192 deputados que participaram da votação, 192 votaram pela destituição", anunciou o presidente do Parlamento, Woo Won-shik.
Esta é a primeira vez na história da Coreia do Sul que um presidente interino é alvo de impeachment. Han Duck-soo assumiu o cargo após o afastamento de seu antecessor, Yoon Suk Yeol, em 14 de dezembro.
Agora, o ministro das Finanças, Choi Sang-mok, assume a função de chefe de Estado interino do país.
Han Duck-soo afirmou em um comunicado "repeitar a decisão do Parlamento".
Os deputados o acusaram de ter "participado ativamente na insurreição", depois que seu antecessor declarou lei marcial por algumas horas em 3 de dezembro.
Em uma disputa com a oposição pelos orçamentos do Estado, e alegando um suposto conluio dos opositores com a Coreia do Norte, Yoon Suk Yeol surpreendeu o país e o mundo na noite de 3 de dezembro ao declarar lei marcial e enviar o exército ao Parlamento.
Os deputados conseguiram, no entanto, se reunir em uma sessão na mesma noite, depois que superaram o cordão de isolamento militar, e derrubaram a lei marcial com uma votação.
No dia 14 de dezembro, em outra votação, aprovaram o impeachment do presidente. Agora, a decisão está nas mãos da Corte Constitucional, que deve validar ou invalidar o afastamento de Yoon em um prazo de seis meses.
Disputa na Corte Constitucional
O problema é que no momento a corte tem três juízes a menos, depois que alguns magistrados se aposentaram e não foram substituídos. E embora o tribunal superior possa atuar com os seis juízes atuais, um único voto dissonante significaria o retorno de Yoon à presidência.
A oposição desejava que Han aprovasse três nomeações para a Corte Constitucional, o que o presidente interino se negou a fazer, deixando a situação estagnada.
O texto da moção de destituição do presidente interino o criticava por "obstruir intencionalmente a investigação especial sobre as pessoas envolvidas na rebelião de 3 de dezembro" e por ter "expressado claramente sua intenção de rejeitar as nomeações de três juízes da Corte Constitucional".
As ações, acrescenta a moção, "violam o dever de todo funcionário público de respeitar a lei".
O presidente do opositor Partido Democrata, Lee Jae-myung, afirmou que "a autoridade interna se transformou em autoridade insurrecional".
Han Duck-soo, funcionário público de carreira, 75 anos, alegava que seu posto de presidente interino não o habilitava a fazer nomeações importantes. Ele exigia um consenso entre a oposição e o Partido do Poder Popular (PPP), legenda de Yoon Suk Yeol, para completar as nomeações da Corte Constitucional.
A oposição desejava que Han aprovasse três nomeações para a Corte Constitucional, o que o presidente interino se negou a fazer, deixando a situação estagnada.
O texto da moção de destituição do presidente interino o criticava por "obstruir intencionalmente a investigação especial sobre as pessoas envolvidas na rebelião de 3 de dezembro" e por ter "expressado claramente sua intenção de rejeitar as nomeações de três juízes da Corte Constitucional".
As ações, acrescenta a moção, "violam o dever de todo funcionário público de respeitar a lei".
O presidente do opositor Partido Democrata, Lee Jae-myung, afirmou que "a autoridade interna se transformou em autoridade insurrecional".
Han Duck-soo, funcionário público de carreira, 75 anos, alegava que seu posto de presidente interino não o habilitava a fazer nomeações importantes. Ele exigia um consenso entre a oposição e o Partido do Poder Popular (PPP), legenda de Yoon Suk Yeol, para completar as nomeações da Corte Constitucional.
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