Enrique Márquez, candidato minoritário da oposição nas eleições de 28 de julho na VenezuelaAFP
Publicado 08/01/2025 13:02
Enrique Márquez, candidato minoritário da oposição nas eleições de 28 de julho na Venezuela, foi "detido arbitrariamente", denunciou nesta quarta-feira (8) uma coalizão política da qual faz parte.
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"Informamos que ontem, 07/01/25, Enrique Márquez foi detido arbitrariamente", indicou a Frente Democrática Popular. O Ministério Público ainda não confirmou a detenção.
"O governo não está fazendo nada mais do que ratificar sua tendência autoritária", acrescentou o grupo, que denunciou a "perseguição" ao ex-prefeito de Caracas, Juan Barreto, e à líder María Alejandra Díaz, ambos dissidentes do chavismo.
A prisão do defensor dos direitos humanos Carlos Correa também foi denunciada nesta quarta-feira. De acordo com testemunhas, ele foi interceptado no centro de Caracas por "oficiais supostamente encapuzados" na terça-feira e não se ouviu mais falar dele desde então, disse a ONG Espacio Público, da qual ele é diretor, na rede X.
Márquez foi diretor do Conselho Nacional Eleitoral entre 2021 e 2023 como representante da oposição, e sua candidatura nas eleições de 28 de julho foi vista como uma alternativa, um plano B, para uma eventual desqualificação do candidato majoritário Edmundo González Urrutia, que hoje reivindica a vitória.
Entretanto, o presidente Nicolás Maduro foi proclamado reeleito e o resultado foi validado pela Suprema Corte.
O líder de 61 anos liderou então uma cruzada contra essa decisão, com vários recursos sem sucesso.
Em sua mensagem mais recente publicada no X na terça-feira, o líder da oposição questionou a "intimidação" de Barreto, que no início do dia relatou que agentes de inteligência usando capuzes e portando armas longas estavam estacionados em frente à sua residência.
"A paz não pode ser imposta pela força, com intimidação e ilegalidade. Cada passo dado fora da Constituição nos afasta da paz", disse Márquez na mensagem.
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