Secretário-geral da ONU, António GuterresFabrice Coffrini/AFP
Publicado 04/11/2025 07:23
O secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou nesta terça-feira (4) as violações do cessar-fogo instaurado após dois anos de guerra entre o Exército israelense e o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.

Em declarações à imprensa à margem da segunda cúpula para o desenvolvimento social em Doha, Guterres afirmou que está "profundamente preocupado com as contínuas violações do cessar-fogo em Gaza".

"Devem parar e todas as partes devem cumprir as decisões da primeira fase do acordo de paz", destacou.
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Bombardeio
O Exército israelense bombardeou a Faixa de Gaza novamente no sábado (1º) e afirmou que os três corpos recebidos na sexta-feira (31) não pertenciam a nenhum dos reféns capturados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

Segundo uma fonte de segurança em Gaza, disparos e ataques aéreos do Exército israelense foram ouvidos nos arredores de Khan Yunis, na parte sul do enclave, no último sábado.

Um frágil cessar-fogo entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas está em vigor desde 10 de outubro, graças a um acordo de trégua impulsionado pelos Estados Unidos.

Israel, no entanto, já lançou dois bombardeios massivos contra Gaza, após acusar o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo.

"A vida não tem sentido", disse Sumaya Dalul, de 27 anos, após os últimos ataques israelenses. "Não temos dinheiro, trabalho, comida, água, eletricidade ou internet", acrescentou a mulher, que mora em Gaza com os pais.

Os ataques aéreos de 19 de outubro mataram pelo menos 45 pessoas ao longo da faixa costeira, segundo fontes palestinas. Os bombardeios de terça-feira deixaram 104 mortos, de acordo com as mesmas fontes.

O acordo de cessar-fogo estipulava a devolução de todos os reféns — vivos e mortos — a Israel em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos.
Com informações da AFP.
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