Publicado 13/01/2022 17:34 | Atualizado 13/01/2022 17:42
Nilópolis - Pais e filhos que praticam artes marciais juntos, permanecem juntos. O dito popular cabe bem para os casos de crianças e adolescentes que fazem aulas de Caratê na Casa da Luta Nilopolitana, no bairro Frigorífico, em Nilópolis, todas as terças e quartas-feiras da cidade, a partir das 15h. O coordenador do local, mestre Gessé Cintra, e o professor Leonardo Mendes, faixa preta na modalidade, são os instrutores do grupo.
“Tivemos essa ideia para dar mais segurança às crianças, principalmente. Temos alunos autistas e isso facilita a interação deles com o grupo, além de fazer com que os pais, que ficam esperando, participem também ”, explicou o sensei Gessé, ao lado do pupilo Leonardo Mendes, que por sua vez, concilia a função de pastor com as atividades diárias na Casa.
“Comecei a fazer as aulas em setembro, mas a turma iniciou em agosto”, afirmou a dona de casa Taís Carvalho, que acompanha o filho Sebastião Marcelo, de 8 anos, autista leve que também apresenta Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). “Ele ainda não quer fazer as aulas, mas já está se comunicando melhor com o grupo”, contou.
Auxiliar de educação infantil, Alexandre Santos levou o filho João Pedro, 6 anos, para treinar no local. “Eu o trouxe porque estávamos muito sedentários e decidi participar também”, disse Alexandre, servidor da Escola Municipal Deocleciano de Oliveira, cujo filho vai estudar na Escola Municipal Jorge Mikhail Jarjous.
O segurança Flávio Adriano foi assistir à aula da esposa Giseli e dos filhos Nicollas, 12 anos, e Giovanne, 10 anos. “ Nem sempre consigo partilhar desse momento. Os meninos começaram em outra academia, e com a pandemia, tudo fechou. Aguardamos as obras na Casa da Luta e trouxe os dois para cá”, relatou Flávio, que já foi carateca.
A família mora no Novo Horizonte e está habituada às atividades da Casa da Luta. “ Eles fazem um trabalho bonito, inclusive com a campanha do quilo de alimento. Há muitos pais e mães desempregados, que necessitam de ajuda”, ressaltou Flávio Adriano, citando a campanha para arrecadação de alimentos promovida por mestre Gessé Cintra e seus professores voluntários no dojô consagrado às lutas.
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