Foram homenageadas ainda: Maria Auxiliadora, Emily Amaral, Eliza Porfírio, Rebeca Xavier, Marília Lopes, Zaine, Maristela Moraes e Cláudia RubiáRogério Marcô / PMN
Publicado 25/07/2022 23:59 | Atualizado 26/07/2022 20:17
Nilópolis - A Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos de Nilópolis, por meio da Superintendência de Promoção de Políticas de Igualdade Racial e da Superintendência dos Direitos da Mulher, promoveu uma cerimônia em homenagem à Teresa de Benguela, no dia Internacional da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha na OAB de Nilópolis, nesta segunda-feira (25/07). As superintendências promoveram uma linda homenagem às pratas da casa, mulheres que representam as lutas de todas as mulheres negras de Nilópolis.
O evento na OAB Nilópolis foi promovido pela Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos, por intermédio da Superintendência de Promoção de Políticas de Igualdade Racial e da Superintendência dos Direitos da Mulher - Divulgação / PMN
O evento na OAB Nilópolis foi promovido pela Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos, por intermédio da Superintendência de Promoção de Políticas de Igualdade Racial e da Superintendência dos Direitos da MulherDivulgação / PMN
Eram mulheres negras moradoras da cidade, nilopolitanas ou convidadas, que têm uma história relevante junto à causa da negritude. Entre elas, a médica nascida na cidade Valdete Narciso, a presidente da Comissão da Igualdade Racial da OAB, advogada Liliane Graciano, a presidente dos Conselhos Municipais, Inez Simpliciano, Andrea Sheila, Nancy Ignácio, Sônia Lopes e Zípora Silva. Todas receberam estatuetas retratando africanas.

A data foi inspirada no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas em 1992, em que grupos feministas negros de 32 países se reuniram na República Dominicana. O evento surgiu para dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo. Em 2014, por intermédio da Lei 12.987, instituiu-se o Dia de Teresa de Benguela.

Foram realizados tributos a mulheres consideradas a "prata da casa", moradoras da cidade, nilopolitanas ou convidadas, que têm uma história relevante junto à causa negraDivulgação / PMN
Superintendente da Promoção de Políticas de Igualdade Racial, Jeanne Pierre substituiu o secretário de Cidadania e Direitos Humanos, Renato da Van na cerimônia. Ela explicou que ele representou a Prefeitura de Nilópolis em um evento fora da cidade. Em seu discurso, Jeanne Pierre lembrou o importante papel que a professora e advogada Nilcéa Cardoso desempenhou como liderança na busca de melhorias para as mulheres em geral.

Homenageadas
Presidente da Comissão da Igualdade Racial da OAB, Liliana Graciano salientou o racismo estrutural que permeia a sociedade brasileira desde a colonização e fez um breve relato histórico, observando que as mulheres são a parcela da população negra que mais sofre. Médica lotada no posto de saúde Novo Horizonte, Valdete Casas Tarciso recordou episódios de preconceito sofridos durante o exercício de sua função, se emocionou e comoveu a plateia, formada por mulheres em sua maioria.

Data foi comemorada pela Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos na OAB NilópolisRogério Marcô / PMN
Ambas integraram a mesa coordenadora do evento, ao lado da professora Nilcéa Cardoso, da ativista da causa da mulher negra, Elisete Barroso, da assistente social integrante do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Mônica Santos, e a jornalista Julie Alves, da equipe de reportagem do programa A Tarde é Sua, de Sônia Abrão, na Rede TV.

Foram homenageadas ainda: Maria Auxiliadora, Emily Amaral, Eliza Porfírio, Rebeca Xavier, Marília Lopes, Zaine, Maristela Moraes e Cláudia Rubiá.

Teresa de Benguela
Líder do Quilombo do Piolho, no estado de Mato Grosso, que liderou nos anos 1750, Teresa de Benguela foi escravizada e fugiu do capitão Timóteo Gomes. Como rainha do quilombo, sob seu comando a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, quando o coletivo foi destruído pelas forças de Luís Coutinho e a população de 79 negros e 30 índios, morta ou aprisionada. Os sobreviventes passaram por humilhação pública, e foram marcados em ferro com a letra F, de fujão, e devolvidos aos seus antigos donos.
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