Através de várias atividades programadas, os estudantes puderam conhecer um pouco mais sobre o país vizinho, seus costumes, sua arte e sua línguaAna Cabral - Seeduc-RJ
Publicado 26/09/2024 22:01
Nilópolis - Um passeio pela cultura argentina sem sair do Brasil. Foi assim que 30 alunos do Colégio Estadual João Cardoso–Intercultural Brasil-Argentina, do bairro Nova Cidade, em Nilópolis, se sentiram durante uma visita ao Consulado da Argentina, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (24). Através de várias atividades programadas, os estudantes puderam conhecer um pouco mais sobre o país vizinho, seus costumes, sua arte e sua língua. A iniciativa faz parte de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc-RJ), por meio da Superintendência de Projetos Estratégicos, e o consulado.

O cônsul-geral, Maximiliano Alaniz, encarregado do setor cultural, deu boas-vindas aos estudantes da Baixada Fluminense no auditório. Em seguida, foi exibido um vídeo sobre as regiões turísticas da Argentina. Para Alaniz, o programa de visitação é uma oportunidade de levar conhecimento e despertar ainda mais interesse dos jovens brasileiros pelo país.

"Todos os anos, tentamos organizar atividades para transmitir um pouco da cultura, da língua, da culinária e da história argentina aos alunos dos colégios que participam do programa. E procuramos fazer isso de um jeito divertido, com atividades lúdicas", contou o cônsul, destacando que sempre há muita curiosidade sobre aspectos comuns das duas culturas, como o futebol.
Publicidade
Os estudantes se divertiram com uma atividade musical sobre ritmos argentinos e participaram de um bate-papo com a escritora adolescente Maya Cristy - Ana Cabral - Seeduc-RJ
Os estudantes se divertiram com uma atividade musical sobre ritmos argentinos e participaram de um bate-papo com a escritora adolescente Maya CristyAna Cabral - Seeduc-RJ
Durante a visita, os estudantes viram uma mostra de arte no salão de exposição, se divertiram com uma atividade musical sobre ritmos argentinos e participaram de um bate-papo com a escritora adolescente Maya Cristy, autora do livro ‘Maya na Cidade das Maravilhas, Novos Rumos’, em que traça um paralelo da sua vida com a história de ‘Alice no País das Maravilhas’. No final houve exibição de um filme argentino.

João Pedro de Oliveira, de 18 anos, da 2ª série do Ensino Médio, destacou que a experiência proporcionou um aprendizado na prática sobre a cultura argentina. Já aluna Ivy Angeli da Silva, de 16, da mesma série, enfatizou que a visita fez com que o grupo abrisse os olhos e pensasse um pouco mais além da realidade em que vive na Baixada.
"Conhecer um pouco dos quadros, da cultura, faz a gente entender, ir muito além da gramática ensinada na escola. Então, ver essas coisas, saber um pouco mais daquilo que está sendo mostrado na exposição, nos vídeos, isso é muito interessante pra gente. Abre nossas mentes para novas coisas", afirmou Ivy.
Os estudantes viram uma mostra de arte no salão de exposição, se divertiram com uma atividade musical sobre ritmos argentinos e participaram de um bate-papo com a escritora adolescente Maya CristyAna Cabral - Seeduc-RJ
De acordo com Denise Corecha, coordenadora de Acompanhamento de Projetos Estratégicos da Seeduc, os estudantes ficam mais propensos a aprender o idioma após terem contato com pessoas que falam espanhol. O interesse dos jovens também aumenta quando são apresentados a detalhes da cultura, da geografia e da história do país.

"Eles voltam querendo entender mais, se aprofundar e tornar isso prático. O que eles vivenciam, acabam levando para a escola e trabalhando melhor. E isso é para todas as escolas interculturais. A gente consegue romper barreiras, derrubar mitos. Você aproxima um país do outro. Isso para a gente na educação é fundamental. Não ter preconceito, não ter nenhum tipo de rivalidade. A gente brinca que deixa isso para o futebol", disse a coordenadora.

Carla Moraes, diretora do Colégio Estadual João Cardoso, também ressaltou os benefícios do projeto para os alunos, como a oportunidade de visitar o consulado, ampliar o conhecimento sobre o país e até influenciar o comportamento. Para a educadora, o trabalho da escola vai além dos muros.

"São alunos de baixa renda da Baixada, que normalmente não saem da localidade, com poucos recursos de lazer. Então, essa é uma oportunidade de estreitar laços com o que eles estão aprendendo. Lá, nós falamos de cultura, mas falar é uma coisa, vivenciar é outra. Apesar de um pouco agitados, eles ficaram muito felizes", finalizou a diretora.
O cônsul-geral, Maximiliano Alaniz, encarregado do setor cultural, deu boas-vindas aos estudantes de Nilópolis no auditórioAna Cabral - Seeduc-RJ


Mais de 700 mil mortes anuais são atribuídas ao suicídio em todo o mundo — um número que pode ultrapassar 1 milhão se incluídas as subnotificações.

No Brasil, cerca de 14 mil casos são registrados anualmente, resultando em uma média alarmante de 38 suicídios por dia. Esses números reforçam a necessidade urgente de ações efetivas voltadas à prevenção e ao cuidado em saúde mental.
Leia mais