Publicado 09/11/2022 10:24
O Teatro da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Icaraí, Zona Sul de Niterói, vai receber nas quartas-feiras (16) e (23/11), às 19h, a peça “Baquaqua”. Baseada em uma autobiografia de homem escravizado da África ocidental o espetáculo chega a Niterói com entrada é franca.
O trabalho conta a história dos muitos negros que foram escravizados no Brasil, Mahommah G. Baquaqua foi uma das raras vozes que conseguiu traduzir os horrores da escravidão, deixando sua autobiografia, intitulada “An interesting narrative". Foi a partir daí que surgiu a peça “Baquaqua”".
A dramaturgia é de Rogério Athayde, com direção de Aramis David Correia e preparação corporal da premiada atriz Tatiana Tiburcio. A montagem apresenta o ator Wesley Cardozo no papel de Baquaqua e narra a história de vida do homem que foi escravizado e traficado da África para o Brasil durante o século XIX.
O espetáculo “Baquaqua” inicia uma importante e necessária circulação totalmente gratuita pelas cidades de Niterói, Queimados e Nova Iguaçu, e com preços populares pelos teatros da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj). Fruto do edital Retomada Cultural 2, uma iniciativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, o projeto fará uma circulação que começa às quartas-feira 9, 16 e 23 de novembro, às 19h, na Teatro da UFF, em Niterói.
A dramaturgia é de Rogério Athayde, com direção de Aramis David Correia e preparação corporal da premiada atriz Tatiana Tiburcio. A montagem apresenta o ator Wesley Cardozo no papel de Baquaqua e narra a história de vida do homem que foi escravizado e traficado da África para o Brasil durante o século XIX.
O espetáculo “Baquaqua” inicia uma importante e necessária circulação totalmente gratuita pelas cidades de Niterói, Queimados e Nova Iguaçu, e com preços populares pelos teatros da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj). Fruto do edital Retomada Cultural 2, uma iniciativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, o projeto fará uma circulação que começa às quartas-feira 9, 16 e 23 de novembro, às 19h, na Teatro da UFF, em Niterói.
As apresentações também acontecem nos dias 20 e 21 de novembro, às 19h, no Teatro Sylvio Monteiro, em Madureira, e nos dias 29, às 19h, e 30 de novembro, às 14h, no Teatro Municipal de Queimados. Além disso, a peça também foi contemplada no Edital Funarj de Circulação Teatral 2022, com apresentações no Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes, nos dias 4, 5 e 6 novembro; Teatro Arthur Azevedo em Campo Grande, nos dias 9, 10 e 11 novembro, em ambos às sextas e sábados, às 20h, e domingo, às 19h e no Teatro Mário Lago, em Vila Kennedy no dia 17 novembro, às 18h.
“Não é um tema fácil de se tratar. É espinhoso, é triste e é atual, pois seus reflexos ainda estão aqui hoje. Não nos livramos da escravidão; ela permanece no cotidiano de vários ‘Baquaquas’ invisibilizados da nossa sociedade. Três instâncias me motivam a ser um agente de transformação: ser ator, ser professor e ser um homem negro. E, como um agente social, tenho que levar essa história que é nossa e de nossa ancestralidade para o máximo de pessoas que conseguirmos”, resume Wesley Cardozo, também diretor de produção do projeto.
A peça traz do universo literário para os palcos os relatos de um escravo em um país estrangeiro e nos faz refletir sobre outras milhares de histórias de pessoas que foram sequestradas do continente africano. Só para o Brasil, estima-se que mais de 5 milhões de negros foram traficados e escravizados. Mas por que essa história? Por que entre tantas histórias escolheu-se contar essa?
“Era uma necessidade latente de voltar aos palcos depois de alguns anos e sobretudo com um personagem histórico, que nos convida a olhar para esse tema da memória da escravidão e como foi isso no Brasil e no mundo, só que a partir de um olhar da pessoa que foi escravizada. Então, tem realmente um olhar muito sensível desse personagem. Essa volta ao passado para entender esse presente que a gente está e saber para onde a gente segue”, discorre Aramis.
"A trajetória de Baquaqua ilumina parte da história do negro no Brasil, trazendo à tona temas importantes para serem entendidos, como a escravidão, a sociedade escravista, os estereótipos do escravo, dentre outros pontos. O espetáculo vai levar o público aos horrores do passado, a uma reflexão sobre o presente e pretende contribuir para um futuro melhor, ajudando a formar novas gerações mais conscientes e capazes de compreender mais a fundo a real diáspora africana nas Américas", informa os organizadores no texto.
“Não é um tema fácil de se tratar. É espinhoso, é triste e é atual, pois seus reflexos ainda estão aqui hoje. Não nos livramos da escravidão; ela permanece no cotidiano de vários ‘Baquaquas’ invisibilizados da nossa sociedade. Três instâncias me motivam a ser um agente de transformação: ser ator, ser professor e ser um homem negro. E, como um agente social, tenho que levar essa história que é nossa e de nossa ancestralidade para o máximo de pessoas que conseguirmos”, resume Wesley Cardozo, também diretor de produção do projeto.
A peça traz do universo literário para os palcos os relatos de um escravo em um país estrangeiro e nos faz refletir sobre outras milhares de histórias de pessoas que foram sequestradas do continente africano. Só para o Brasil, estima-se que mais de 5 milhões de negros foram traficados e escravizados. Mas por que essa história? Por que entre tantas histórias escolheu-se contar essa?
“Era uma necessidade latente de voltar aos palcos depois de alguns anos e sobretudo com um personagem histórico, que nos convida a olhar para esse tema da memória da escravidão e como foi isso no Brasil e no mundo, só que a partir de um olhar da pessoa que foi escravizada. Então, tem realmente um olhar muito sensível desse personagem. Essa volta ao passado para entender esse presente que a gente está e saber para onde a gente segue”, discorre Aramis.
"A trajetória de Baquaqua ilumina parte da história do negro no Brasil, trazendo à tona temas importantes para serem entendidos, como a escravidão, a sociedade escravista, os estereótipos do escravo, dentre outros pontos. O espetáculo vai levar o público aos horrores do passado, a uma reflexão sobre o presente e pretende contribuir para um futuro melhor, ajudando a formar novas gerações mais conscientes e capazes de compreender mais a fundo a real diáspora africana nas Américas", informa os organizadores no texto.
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