O artista de Niterói, Ricardo Carvalhaes Fraga, disse que o livro busca todos os requisitos para ser apreciado por leitores de romances clássicos.Divulgação
Publicado 25/11/2022 10:03
A arte imita a vida no novo livro do professor da Universidade Federal Fluminense, Ricardo Carvalhaes Fraga. Pintor pós-impressionista e expressionista, o professor universitário se inspirou nas próprias obras para escrever Cores e Pesadelos: Cena de um Crime. A trama criminosa mistura arte, vício em pôquer e mitologia em enredo que leva o leitor a uma jornada de mistério e morte na Ilha de Creta, Grécia.

O autor, que também é professor universitário, já publicou vários livros e mais de uma centena de artigos no Brasil e no exterior e nessa entrevista ele fala sobre a trama, as inspirações para escrever e a carreira como pintor. 
Segundo ele, o romance policial estabelece a percepção da conexão entre sonhos e realidade. "Ambientada na ilha de Creta, na Grécia, a trama incorpora arte, filosofia e mitologia ao propor reflexão existencialista sobre a solidariedade. Assombrado pelo passado, o pintor impressionista Pablo Diaz passa a viver isolado em um sítio na ilha de Creta, na Grécia, e se envolve com a mística e com a natureza paradisíaca do local", conta o artista.
Ricardo Carvalhaes Fraga afirma que suas pinturas, repletas de cores, contrastam com uma existência conflituosa e seus vícios. "O protagonista do livro Cores e Pesadelos: Cena de um Crime é a peça fundamental de um jogo misterioso que inclui ganância, solidariedade e princípios éticos", revela o autor.
Ele disse que a incorporação de temáticas como filosofia, arte, mitologia e religiosidade traz essência existencialista à obra narrada por Pablo, um homem atormentado pelo passado. "Na trama, a rotina nebulosa, porém, pacata, do pintor toma um rumo inesperado a partir de um encontro com um misterioso empresário. Essa aproximação acaba envolvendo o protagonista numa trama criminosa e provoca uma situação de perigo extremo, que o coloca como perseguido", explica Fraga.
Ao longo da narrativa, os princípios e a conduta moral de Pablo o levam a um conflito que se estabelece a partir de uma rede de mentiras e traições. Para encontrar respostas, o artista percorre caminhos que se entrelaçam em um emaranhado de analogias mitológicas, envoltas em suas próprias contradições, que o levam a situações de risco.
O livro tem todos os requisitos para ser apreciado por leitores de romances clássicos de Agatha Christie e das análises filosóficas de Friedrich Nietzche. A percepção niilista da personagem Ekaterini, com quem Pablo acaba se envolvendo, o induzem à tomada de decisões, e ele passa a agir na busca de uma saída que o livre de seus pesadelos reais e imaginários.
Para que alcançar uma realização se o que existe de mais autêntico é o processo de construção?
Tudo será destruído ou modificado, e algum dia será desprezado. Aquilo que é material torna-se
fundamentalmente ilusório,como as sombras de uma caverna platônica. Depois de todo o processo
de construção, o velho quadro será colocado em algum canto da parede e permanecerá inerte, talvez por décadas, até ser descartado como um corpo humano sem vida. O que deixa de existir, na realidade, nunca existiu.
Sobre o livro
No enredo, fica evidente que tomar decisões adversas aos próprios ideais, mesmo com a intenção de fazer o bem, pode desencadear situações inesperadas. Durante a narrativa, o leitor coloca-se em uma posição de expectativa.

Sobre o autor
Ricardo Carvalhaes Fraga é professor titular na Universidade Federal Fluminense, com mestrado e doutorado em USP e Unicamp, respectivamente. Já publicou mais de uma centena de artigos no Brasil e no exterior, publicou vários livros e ministrou palestras no Brasil e em outros países. É pintor pós-impressionista e expressionista e dedica-se aos estudos da filosofia.Maiores informações: pelo WhatsApp (11) 99875-3676.
Leia mais