Publicado 13/01/2023 07:43
A história é emocionante, pois eles são de uma geração que não conseguiu ver em campo o maior ídolo do futebol, o Rei Pelé. Também não estavam lá no milésimo gol. Mas, têm algo em comum com o maior craque de todos os tempos: a paixão pelo futebol. Eles, são crianças e jovens, que fazem parte do Projeto Gerson, uma parceria da Prefeitura de Niterói, por intermédio da Coordenadoria de Políticas Públicas para a Juventude, e do Instituto Canhotinha de Ouro.
Segundo as informações, atualmente, 1.400 meninas e meninos de Niterói participam das aulas de futebol gratuitas, realizadas em diversas regiões da cidade, no contra turno escolar. O projeto atende jovens que vivem em locais de vulnerabilidade e são alunos da rede pública de ensino, com o objetivo de formar cidadãos.
“Niterói tem uma tradição muito grande nos esportes e estamos investindo para ampliar a infraestrutura esportiva na cidade”, destaca o prefeito de Niterói, Axel Grael, ao ir mais além:
Segundo as informações, atualmente, 1.400 meninas e meninos de Niterói participam das aulas de futebol gratuitas, realizadas em diversas regiões da cidade, no contra turno escolar. O projeto atende jovens que vivem em locais de vulnerabilidade e são alunos da rede pública de ensino, com o objetivo de formar cidadãos.
“Niterói tem uma tradição muito grande nos esportes e estamos investindo para ampliar a infraestrutura esportiva na cidade”, destaca o prefeito de Niterói, Axel Grael, ao ir mais além:
“O esporte é uma ferramenta poderosa de inclusão social e de promoção da saúde, prioridades da nossa gestão. Através dele, é possível estimular a disciplina, liderança, trabalho em equipe, habilidades físicas e motoras e, eventualmente, possibilitar a descoberta de aptidão para atuar de forma profissional”, disse Grael.
Alguns alunos do Projeto Gerson já estão participando de testes para categorias de base – as chamadas peneiras – em clubes como Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo.
Aulas – Atualmente, os núcleos estão em locais como Ponta D’Areia, Caramujo, Engenhoca, Barreto, Jurujuba, Largo da Batalha, Maruí Grande, Santa Bárbara e Piratininga. O projeto se adequa ao horário escolar do aluno: caso ele estude de manhã, pode participar de tarde e vice-versa.
A coordenadora de Políticas Públicas para a Juventude de Niterói, Luisa Assumpção, ressaltou que a parceria com o Projeto Gerson é extremamente importante por proporcionar a transformação da vida de jovens e suas famílias.
“Essa mudança se dá pelo acesso a práticas esportivas, culturais e de lazer, somadas às políticas de educação, saúde, saneamento e assistência social. São pilares da construção de uma política efetiva de segurança baseada nos valores da cultura de paz, como nos apontam a Agenda 2030 da ONU. O investimento que estamos fazendo na área de esporte é muito grande, aumentando a infraestrutura da cidade para que a gente possa ter futuros atletas de várias modalidades esportivas e times de Niterói participando de eventos, ligas nacionais”, explica Luisa.
O ex-jogador Gerson, que ficou conhecido como Canhotinha de Ouro porque tinha um poderoso chute de pé esquerdo, fazia lançamentos impressionantes e integrou a seleção brasileira junto com Pelé, trazendo o tricampeonato em 1970, destaca a importância do projeto.
“Esse é um projeto eminentemente social. Nós damos lanche para as crianças, acesso a médicos e dentistas. A ideia, desde o início, não é encontrar o jogador ou jogadora. É formar cidadãos e cidadãs, colocar as crianças no bom caminho. Agora, claro, se alguém se destacar, a gente encaminha para os clubes. Temos também alunos que se formaram pelo projeto e hoje voltaram como professores”, conta o ex-jogador.
O Programa oferece atendimento médico aos seus alunos, junto à parceira Unimed Leste Fluminense, e odontológico, com parceria da ABO/RJ e CRO/RJ. Uma nova parceria foi firmada com a Universidade Candido Mendes para a concessão de bolsas de estudo.
Gerson conta que o projeto já beneficiou quase 3 mil jovens com o apoio desta gestão da Prefeitura e outros cerca de 15 mil em seus quase 22 anos de atuação.
Com 26 anos, Gabriele dos Reis Rodrigues é uma das treinadoras do núcleo de Maria Paula, mas ingressou no projeto como aluna, aos 8 anos.
“Mudou totalmente minha vida em relação a obediência, compromissos, horários e respeito. O futebol se tornou minha escolha de profissão. Comecei no projeto, me apaixonei pelo esporte, consegui bolsa na faculdade de Educação Física e voltei a trabalhar aqui”, revela a professora, que disputou a Taça das Favelas como zagueira.
O sonho de uma vida no esporte
Para alguns alunos, o esporte é mais que uma atividade física: é um objetivo de vida. Eles treinam no Projeto Gerson e participam das peneiras em clubes como Fluminense, Flamengo, Vasco e Botafogo, entre outros.
Um desses exemplos é Bernardo Costa Ribeiro, de 11 anos, morador de Charitas e que joga como volante e meio campo.
“Sonho em ser jogador ou ter outra profissão ligada ao esporte para poder ajudar minha família. Minha mãe diz que não posso desistir dos meus sonhos”, conta. Aluno do sexto ano do Ensino Fundamental, ele está participando de testes este ano e não esconde o otimismo.
A mãe, Leila Ribeiro, se emociona ao falar do filho: “Desde os seis anos ele sonha em ser jogador e acompanho passo a passo o desenvolvimento do meu filho. Esse projeto é uma grande oportunidade”.
Sara de Souza Moreira, de 15 anos, treina no núcleo de Maria Paula. Ela se inspira na jogadora Marta e vai participar de peneiras este ano.
“Se não fosse pelo projeto eu não estaria no colégio e não teria viajado duas vezes: uma para disputar o Brasileiro da CBDE [Confederação Brasileira do Desporto Escolar], em Balneário Camboriú, e outra vez para participar de um campeonato brasileiro, em Aracaju”, revela a menina que joga como meia e lateral.
Cauã Ribeiro tem 13 anos e passou nas peneiras do Fluminense e do Flamengo. Ele treina desde os 4 anos na comunidade Nova Brasília, como volante e meio de campo, e participa do projeto Gerson.
“Estou esperando ser chamado para os times de base. Esse projeto é muito bom em todos os sentidos, educação e aprendizado, mas se eu puder ser jogador e ir para uma seleção é melhor, né”, brinca o menino, que estuda no oitavo ano no Colégio Altivo César, na Engenhoca, e é fã do jogador João Gomes do Flamengo.
Mais atividades – Todos os núcleos do projeto Gerson realizam campeonatos internos, festas e atividades como passeios e idas a restaurantes e espaços culturais na cidade. Todo ano após o campeonato final de futebol que ocorre entre os núcleos, acontece a festa de encerramento de ano letivo, onde participam alunos e pais juntos aos professores e voluntários do projeto.
Os campeonatos entre os núcleos são uma preparação para evento do ano o que é a Copa Gerson de Futebol, realizada anualmente no estádio do Botafogo - Estádio Mestre Ziza, em Icaraí, com a presença de diversos diretores das categorias de base dos clubes do Estado do Rio, de Janeiro e também de outros estados do Brasil.
Ex-jogador profissional e professor do projeto há mais de nove anos, Jair Marinho, destaca a importância do esporte para a socialização.
“Essas crianças têm a oportunidade de aprender e de trabalhar em equipe. Enquanto estão participando do projeto e estudando no contra turno, diminui as chances de se envolverem com atividades ilícitas ou uso de drogas. É uma outra vida”, pondera Marinho.
Alguns alunos do Projeto Gerson já estão participando de testes para categorias de base – as chamadas peneiras – em clubes como Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo.
Aulas – Atualmente, os núcleos estão em locais como Ponta D’Areia, Caramujo, Engenhoca, Barreto, Jurujuba, Largo da Batalha, Maruí Grande, Santa Bárbara e Piratininga. O projeto se adequa ao horário escolar do aluno: caso ele estude de manhã, pode participar de tarde e vice-versa.
A coordenadora de Políticas Públicas para a Juventude de Niterói, Luisa Assumpção, ressaltou que a parceria com o Projeto Gerson é extremamente importante por proporcionar a transformação da vida de jovens e suas famílias.
“Essa mudança se dá pelo acesso a práticas esportivas, culturais e de lazer, somadas às políticas de educação, saúde, saneamento e assistência social. São pilares da construção de uma política efetiva de segurança baseada nos valores da cultura de paz, como nos apontam a Agenda 2030 da ONU. O investimento que estamos fazendo na área de esporte é muito grande, aumentando a infraestrutura da cidade para que a gente possa ter futuros atletas de várias modalidades esportivas e times de Niterói participando de eventos, ligas nacionais”, explica Luisa.
O ex-jogador Gerson, que ficou conhecido como Canhotinha de Ouro porque tinha um poderoso chute de pé esquerdo, fazia lançamentos impressionantes e integrou a seleção brasileira junto com Pelé, trazendo o tricampeonato em 1970, destaca a importância do projeto.
“Esse é um projeto eminentemente social. Nós damos lanche para as crianças, acesso a médicos e dentistas. A ideia, desde o início, não é encontrar o jogador ou jogadora. É formar cidadãos e cidadãs, colocar as crianças no bom caminho. Agora, claro, se alguém se destacar, a gente encaminha para os clubes. Temos também alunos que se formaram pelo projeto e hoje voltaram como professores”, conta o ex-jogador.
O Programa oferece atendimento médico aos seus alunos, junto à parceira Unimed Leste Fluminense, e odontológico, com parceria da ABO/RJ e CRO/RJ. Uma nova parceria foi firmada com a Universidade Candido Mendes para a concessão de bolsas de estudo.
Gerson conta que o projeto já beneficiou quase 3 mil jovens com o apoio desta gestão da Prefeitura e outros cerca de 15 mil em seus quase 22 anos de atuação.
Com 26 anos, Gabriele dos Reis Rodrigues é uma das treinadoras do núcleo de Maria Paula, mas ingressou no projeto como aluna, aos 8 anos.
“Mudou totalmente minha vida em relação a obediência, compromissos, horários e respeito. O futebol se tornou minha escolha de profissão. Comecei no projeto, me apaixonei pelo esporte, consegui bolsa na faculdade de Educação Física e voltei a trabalhar aqui”, revela a professora, que disputou a Taça das Favelas como zagueira.
O sonho de uma vida no esporte
Para alguns alunos, o esporte é mais que uma atividade física: é um objetivo de vida. Eles treinam no Projeto Gerson e participam das peneiras em clubes como Fluminense, Flamengo, Vasco e Botafogo, entre outros.
Um desses exemplos é Bernardo Costa Ribeiro, de 11 anos, morador de Charitas e que joga como volante e meio campo.
“Sonho em ser jogador ou ter outra profissão ligada ao esporte para poder ajudar minha família. Minha mãe diz que não posso desistir dos meus sonhos”, conta. Aluno do sexto ano do Ensino Fundamental, ele está participando de testes este ano e não esconde o otimismo.
A mãe, Leila Ribeiro, se emociona ao falar do filho: “Desde os seis anos ele sonha em ser jogador e acompanho passo a passo o desenvolvimento do meu filho. Esse projeto é uma grande oportunidade”.
Sara de Souza Moreira, de 15 anos, treina no núcleo de Maria Paula. Ela se inspira na jogadora Marta e vai participar de peneiras este ano.
“Se não fosse pelo projeto eu não estaria no colégio e não teria viajado duas vezes: uma para disputar o Brasileiro da CBDE [Confederação Brasileira do Desporto Escolar], em Balneário Camboriú, e outra vez para participar de um campeonato brasileiro, em Aracaju”, revela a menina que joga como meia e lateral.
Cauã Ribeiro tem 13 anos e passou nas peneiras do Fluminense e do Flamengo. Ele treina desde os 4 anos na comunidade Nova Brasília, como volante e meio de campo, e participa do projeto Gerson.
“Estou esperando ser chamado para os times de base. Esse projeto é muito bom em todos os sentidos, educação e aprendizado, mas se eu puder ser jogador e ir para uma seleção é melhor, né”, brinca o menino, que estuda no oitavo ano no Colégio Altivo César, na Engenhoca, e é fã do jogador João Gomes do Flamengo.
Mais atividades – Todos os núcleos do projeto Gerson realizam campeonatos internos, festas e atividades como passeios e idas a restaurantes e espaços culturais na cidade. Todo ano após o campeonato final de futebol que ocorre entre os núcleos, acontece a festa de encerramento de ano letivo, onde participam alunos e pais juntos aos professores e voluntários do projeto.
Os campeonatos entre os núcleos são uma preparação para evento do ano o que é a Copa Gerson de Futebol, realizada anualmente no estádio do Botafogo - Estádio Mestre Ziza, em Icaraí, com a presença de diversos diretores das categorias de base dos clubes do Estado do Rio, de Janeiro e também de outros estados do Brasil.
Ex-jogador profissional e professor do projeto há mais de nove anos, Jair Marinho, destaca a importância do esporte para a socialização.
“Essas crianças têm a oportunidade de aprender e de trabalhar em equipe. Enquanto estão participando do projeto e estudando no contra turno, diminui as chances de se envolverem com atividades ilícitas ou uso de drogas. É uma outra vida”, pondera Marinho.
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