Publicado 03/08/2023 09:31 | Atualizado 03/08/2023 10:30
Niterói – Nesta quinta-feira (03), às 18h, no Theatro Municipal de Niterói, o psicanalista e psicólogo Sérgio Bezz lança o livro “Psicanálise e Psiquiatria: Entrevistas de pacientes na transmissão e no ensino” (Editora Appris). A obra provém do trabalho da tese de doutorado de Bezz pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e traz relatos de pacientes que ajudam a mostrar a história da instituição – que completa 70 anos em 2023. Também conduz o leitor a um caminho que se confunde com a própria história da Psicanálise e da Psiquiatria em Niterói.
Inaugurado em 1953, o Hospital Psiquiátrico de Jurujuba passou por muitas transformações na assistência psiquiátrica pública, decorrentes de avanços nos campos técnico-político-social, em grande parte, provocadas pelo movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira, iniciado na década de 1970, quando Bezz nem sonhava em ser um profissional da saúde mental.
Em mais de 20 anos atuando no hospital, Bezz foi por mais de uma década responsável por funções no ensino e na supervisão de equipes, especialmente do Albergue e do Acompanhamento Terapêutico das enfermarias. Até que chegou à direção, em 2021. Escrita durante o período da pandemia da Covid-19, a obra reforça os tempos atuais onde são muito importantes os cuidados especiais com a saúde mental. Leitura fundamental e necessária para profissionais e estudantes da área de saúde mental e para todos aqueles que se interessam pelo tema.
Sérgio Bezz é psicanalista e psicólogo, com especialização em psicanálise e saúde mental pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestrado e doutorado em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É membro do Espaço-Oficina de Psicanálise (Rio de Janeiro). É testemunha de uma história que está prestes a se encerrar já que as novas diretrizes do tratamento psiquiátrico preveem a desinstitucionalização dos pacientes. Na opinião do psicanalista e psicólogo, o tratamento vai além das paredes do hospital. “A experiência trazida neste livro em contexto hospitalar psiquiátrico não deve levar a supor a necessidade do hospital como único recurso para o cuidado intensivo em momentos de surtos agudos, ou de graves desenlaces de psicóticos no campo social“, diz Bezz.
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