"Amor Não Causa Dor": campanha combate a violência contra a mulherDivulgação/Bruno Eduardo Alves
Publicado 21/08/2023 10:10
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Niterói – A região da cidade onde fica a Concha Acústica e é caminho para a UFF e a Cantareira, no Centro, foi o local escolhido pelos agentes do Codim para lançar a campanha de mobilização pela violência contra a mulher, “Amor Não Causa Dor”. Uma colagem de cartazes, a distribuição de panfletos elucidativos e muita conversa com os transeuntes foi o que aconteceu na quinta-feira (17), em homenagem aos 17 anos de promulgação da Lei Maria da Penha. Idealizada pela Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres de Niterói, envolveu manifestantes que se indignavam contra a agressão à mulher e ao feminicídio tão em alta no país. A iniciativa faz parte do Agosto Lilás, mês escolhido para alertar a população contra a violência doméstica, física, psicológica, moral, sexual e patrimonial, que muitas mulheres enfrentam no dia a dia.
“Amor Não Causa Dor é um mote que usamos desde 2001, quando vimos um jornal local colocar no título de uma notícia de feminicídio algo como “amou tanto que matou”. O amor não mata. Ele frutifica, ele dá a vida. Então o slogan surgiu naturalmente a partir disso. A Maria da Penha exemplifica muito bem esta dor. Ela está cadeirante justamente por conta da agressão por parte do então marido. Queremos deixar claro que a gente quer amor, paz e nada de violência, apenas o diálogo e o respeito a todos”, explicou Fernanda Sixel, a idealizadora da campanha e membro do Codim.
A Prefeitura de Niterói também orienta e oferece o Programa Auxílio Social, que, desde dezembro de 2021, já atendeu cerca de 200 mulheres, que passaram a receber o benefício de R$ 1.005,08 por mês. Ele foi criado na forma de decreto, com o objetivo principal de ajudar mulheres a quebrar o vínculo com o agressor e romper o ciclo da violência. O benefício é pago por seis meses, prorrogáveis por mais seis. Para ter direito, a mulher precisa atender a requisitos como morar em Niterói, residir com o agressor no momento da agressão, realizar o Boletim de Ocorrência e possuir renda de até três salários mínimos ou renda média per capita familiar de valor igual ou inferior a R$700,00. Os casos são avaliados pela equipe técnica do Centro Especializado de Atendimento à Mulher Neuza Borges, Ceam, que faz o relatório para a entrada no programa e o acompanhamento das assistidas. Durante todo o período de permanência no Auxílio Social são ofertadas capacitações e bancos de oportunidades de trabalho, além de atendimento na saúde e na assistência social.
“A violência contra a mulher precisa ser revelada. As pessoas precisam conhecer e procurar ajuda. A Prefeitura de Niterói tem um serviço que alcança as mulheres que precisam, seja pelo Auxílio Social, seja pela assistência jurídica, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, em conjunto com a Codim”, reforça a secretária municipal de Direitos Humanos, Nadine Borges.
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